Isis Valverde tem 27 anos e há oito deu seu primeiro passo dentro das telinhas. Desde então, tem colecionado elogios dos colegas de trabalho, além das polêmicas – que prefere não comentar. E junto com tantos trabalhos, claro, veio a fama, com a qual aprendeu a lidar, apesar de acreditar que seja "algo que seduz e ilude". Além disso, Isis ainda conta sobre os planos para carreira internacional, uma autobiografia escrita após o acidente de carro e como lida com a falta de privacidade.
Isis Valverde se prepara para dar fôlego a nova personagem que entra em cena na próxima novela da TV Globo, Boogie Oogie. Pouco antes da entrevista, realizada pelo jornal O Globo, a atriz gravava uma das cenas do folhetim com uma das falas que, afirma ela, foi uma das maiores verdades dita por ela na novela:
– Tempo não é para se jogar fora. Eu não vou desperdiçar nem mais um minuto da minha vida com o que não me interessa
Isso porque, no começo do ano, a atriz sofreu um grave acidente de carro que a fez usar um colar cervical durante meses, além de fazê-la recusar diversos trabalhos, incluindo novelas e filmes. Para ela, o período foi "a prova cabal de que a vida é realmente muito frágil e efêmera"
Durante o período de recuperação, Isis conta que a pior parte não ter que recusar a badalação das festas, as campanhas ou mesmo interromper a malhação, mas foi não poder atuar. Foi então que ela se deu conta do amor pelo o que faz. Por outro lado, conta que foi o momento para uma "mudança de postura"
– Eu também fiquei mais objetiva, passei a dar o devido valor a cada coisa. Comecei muito jovem. Tudo aconteceu de forma muito rápida e não tive tempo de me reorganizar, de repensar quais eram as minhas prioridades.
Mas o tempo de recuperação também serviu para colocar em prática uma vontade antiga, a de escrever um livro.
– Era um desejo antigo, mas eu falava: "Vou esperar ficar com o cabelo branco para alguém me dar credibilidade." Aproveitei essa parada agora para escrever.
E não é só um livro que podemos esperar da atriz, que confirma planos para participar de um musical no teatro e estrear carreira internacional, em 2015.
Foi também enquanto se recuperava e escrevia seu livro, isolada em sua cidade natal, que se deu conta da falta de privacidade e mesmo em um período tão frágil. Mesmo em sua casa em Aiuruoca, interior de Minas – que ela chama de "roça" – ela conta que os fotógrafos não deixaram de aparecer:
– Um cara foi lá tirar fotos, achei um pouco invasivo. Eu estava de pé no chão, descendo a rua, usando colar cervical, com os meus amigos, cabelo preso para cima sem um pingo de maquiagem. Depois, numa cachoeira, vi um brilho vinda da mata. Era ele. Eu fiquei cho-ca-da! Mas tudo bem, né?
Mas não está tão bem assim! Isis comenta, ainda, durante a entrevista que não concorda com o que as pessoas falam sobre a fama ter seu preço e ter "algo que seduz e ilude" nela, apesar de ter aprendido a lidar com essas situações:
– Aprendi isso depois de um tempo. Mas não concordo com o que as pessoas falam: "Esse é o preço da fama". Ninguém está aqui para pagar nada. Por quê? não existe isso, gente! Dizem: "Ah, você é uma pessoa pública". Pública é praça, é estátua. Desculpa, eu não sou patrimônio público.
A fama ainda inclui precisar lidar com as polêmicas que envolveram seu nome. Mas, sobre os rumores sobre seu caso com o ator Cauã Reymond, ela prefere não comentar, apesar de ver certa graça nos comentários a respeito das mulheres não quererem que seus maridos contracenem com a moça. Ela aprendeu a tratar esses assuntos com indiferença e afirma que isso não a afeta mais
– Alguém sempre cria uma história verídica. E, a partir disso, um assunto pula para outro.