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Especialistas tentam entender o que fez o avião de Marília voar tão baixo

O estado quase 'intacto' da aeronave depois do choque com o chão também chamou a atenção de profissionais. Testemunhas dizem que o avião caiu rodopiando.

Condição meteorológica

Imagens de satélite mostram a condição meteorológica de Caratinga no momento do acidente. Das 14h30 às 15h de sexta-feira (5), a cidade estava encoberta por algumas nuvens. Mas nenhuma muito densa que sugerisse um problema de teto para aviação. Não chovia, e o vento era muito fraco, de 18 km/h. O estado da aeronave depois do choque com o chão também chamou a atenção dos especialistas. “O fato da fuselagem estar quase íntegra nesse choque, pode indicar uma baixa velocidade no momento do impacto. Velocidade horizontal. Porque se ele tivesse uma velocidade horizontal elevada, os pedaços se fragmentariam muito mais, argumenta Lito.

Para Luiz Eustáquio Morterane, instrutor de voo que tem 50 anos de aviação, os dados conhecidos até aqui não indicam que um problema mecânico tenha levado o avião a voar em uma trajetória tão baixa, que se revelaria fatal.

“Se houvesse um problema de falha de motor, ele voa muito bem com o outro motor. É um motor turboélice. Eu acho que não está ligado a problema mecânico. E se estivesse ligado a problema mecânico, a decisão do comandante seria ir para um aeroporto de maior assistência, maiores dimensões, para que ele tivesse uma segurança, um apoio de solo maior”, analisa.