Terceira eliminada do Big Brother Brasil 19, Hana Khalil não imaginava que havia conquistado uma legião de fãs ao participar do reality da TV Globo. A jovem de 22 anos agora é acompanhada de perto pelos avocadinhos, apelido carinhoso dado pelos internautas por causa do veganismo da ex-sister.
"O Big Brother é o jogo da vida, das emoções. Pode te fazer oscilar entre o sentimento mais repulsivo até o mais brilhante, do cruel ao extraordinário. Você nunca está preparado. É um jogo de surpresas. Quando você acha que sabe alguma coisa, algum pressentimento, eles te surpreendem de um jeito que você não vai esquecer nunca mais", conta.
Com mais de 600 mil seguidores no Instagram, a jovem se vê agora com uma responsabilidade ainda maior ao falar sobre suas causas. "O meu entretenimento e a minha militância caminham juntos. Tenho que me reciclar sempre, perceber meus atos e ver o que eu estou fazendo de errado para a minha relação com o mundo não ser boa. Eu sou apenas cotoquinho, mas se eu estou fazendo algo útil para a sociedade, isso pode se tornar algo muito grande", diz.
Durante o período de confinamento, Hana se envolveu com Alan e formou um dos primeiros casais da edição. "Tudo aconteceu naturalmente. A gente tinha a mesma frequência, a mesma energia. Ele é completamente diferente de mim, ele é quieto, tranquilo, não fala muito. Ele pensa muito antes de falar. E eu sou um furacão, que fala alto. Mas na casa foi uma conexão muito intensa que tivemos’’.
Além de falar sobre veganismo, Hana também fala sobre questões de gênero e feminismo. "Eu sempre gostei de menina, desde criança eu sentia atração. Eu sempre vivi em ciclos sociais muito tóxicos de heteronormatividade e me sentia muito insegura para falar sobre bissexualidade e até sentir isso. Achava que era coisa da minha cabeça. Fiquei com meninas com 14, 15 anos, e viam como uma brincadeira, mas no meu caso não era. Eu comecei a entender depois de um tempo. Eu gosto de gente. Fui me permitindo, fazendo as coisas. Minha família nunca se adaptou a isso, mas hoje em dia está tranquilo. Embora minha mãe ache sempre que é só uma fase. Eu estou disposta a conhecer pessoas, eu gosto de gente. A gente não se apaixona por aparelho reprodutivo."