Filha do cantor Belo, Isadora Alkimin Vieira, de 21 anos, pode cumprir pena de até oito anos de prisão. Presa em flagrante na quarta-feira, sob a acusação de fazer parte de uma quadrilha especializada em golpes por meios eletrônicos, ela responde inicialmente pelo crime de organização criminosa, que prevê de três a oito anos de reclusão.
De acordo com a Lei, a pena também pode ser aumentada se a organização criminosa mantém conexão com outras. De acordo com a polícia, o grupo do qual Isadora fazia parte tinha ligações com a maior facção criminosa do Estado do Rio.
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A decisão sobre a pena fica a cargo da Justiça. Na quinta-feira, Isadora teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, conforme determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) em audiência de custódia. O Ministério Público pediu prisão preventiva para todo o grupo. Entretanto, a juíza Ariadne Villela Lopes considerou que cinco entre as presas são mães de crianças menores de 12 anos ou têm alguma deficiência e, portanto, concedeu-lhes a prisão domiciliar. No caso de Isadora, a defesa solicitou concessão de liberdade provisória, mas não foi atendida.
Baseado nas declarações recebidas pela polícia, o documento do TJRJ descreve o grupo de mulheres como uma "organização engajada, articulada, extremamente organizada e hierarquizada". Afirma ainda que foi observada uma "estrutura de logística montada com notebooks, celulares e, inclusive, havendo um motoboy que realizava a função de arrecadar os cartões de crédito das vítimas". O documento ressalta ainda que "as práticas visando a crimes se revestiam de ardil, visto que as integrantes da organização criminosa se faziam passar por pessoas trabalhadoras em 'central de telemarketing'".
Belo contou em entrevista para a revista "Quem" que a jovem "não precisava se envolver em crimes para obter dinheiro", já que ele paga dez salários mínimos de pensão a ela — pelo menos R$ 10.450. Ele disse que não sabia que a jovem, que estuda odontologia, estava no Rio de Janeiro. Segundo o cantor, a última vez que Isadora o visitou foi no Carnaval.
"Não tenho o que falar, não consigo falar nada. Primeiro preciso entender. O advogado (que ele contratou para ajudar a filha) está entrando no processo. Ela mora em São Paulo e estava aqui no Rio. Eu nem sabia! Minha mãe tem 80 anos, mora comigo, estou saindo da Covid-19 hoje. A última vez que ela esteve aqui na minha casa foi no Carnaval. Ela faz faculdade, está no terceiro período. Mora com a mãe, ganha dez salários mínimos por mês de pensão que eu pago. Vou fazer o que for preciso para ajudar minha filha", contou à revista.