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Geisy Arruda lembra ataque na faculdade: "Diziam que transava na sala"

Geisy também relembrou que foi alvo de calúnia durante o ataque na universidade

Geisy Arruda, de 31 anos, relembrou o ataque que sofreu na faculdade em 2009. Por usar um vestido rosa, a ex-estudante de turismo foi hostilizada por milhares de alunos.

"Eu tinha 19 anos, eu estava muito na merd*, eu fui humilhada por mais de três mil pessoas. Eu fui esculhambada, me chamaram de tudo quanto é nome. Não tinha um lado bom naquilo", iniciou Geisy, em entrevista para o canal Venus Podcasts. 


"Mas a partir do momento em que eu saí do papel de vítima, consegui um advogado e me posicionei, aí eu disse: 'Agora vocês tão fritos na minha mão'", lembrou. No fatídico dia em que foi assediada na universidade, Arruda pretendia ir para uma festa após a aula. Entretanto, seus planos mudaram por conta do vestido rosa.

"O engraçado é que era um vestido que eu paguei R$ 50, eu comprei na liquidação. Eu amava ele, eu me sentia tão bem dentro dele, ajudava minha autoestima, eu me sentia tão bonita... então eu não entendi porque agrediu tanto as pessoas", comentou a influencer. 

Ao falar sobre a possibilidade do episódio, que aconteceu em 2009, acontecer nos dias atuais, Geisy é sucinta. "Sim, muito tempo se passou, mas pouca coisa mudou em relação à mulher. Esses dias eu estava no mercado de vestido longo, passaram dois motoqueiros e quase me comeram viva. O vestido era longo, mas provavelmente me olharam daquela forma porque era justo", lamentou. 

Geisy Arruda

Além de assédio, calúnia 

Geisy também relembrou que foi alvo de calúnia durante o ataque na universidade. "As pessoas começaram a falar coisas de mim dentro faculdade, tem histórias bizarras, como uma que dizia que eu estava transando na sala, outra dizia que eu estava sem calcinha, tem outra que eu tinha subido a roupa... cada um inventou uma história de mim para justificar o ataque", memorou ela.

"Quando a polícia chegou, eles comemoraram. Eles acreditaram que eu estava sendo presa por atentado ao pudor. Mas não, a polícia foi me tirar de lá, para me levar para casa, para me proteger deles", acrescentou ela.