Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso comemoraram, nesta quinta-feira (15), a condenação da Justiça de Portugal contra a mulher que proferiu falas racistas aos seus filhos, Titi e Bless, durante uma viagem ao país europeu em 2022. De acordo com o jornal Público, Adélia Barros foi condenada pelo Tribunal de Almada a oito meses de prisão, mas deverá cumprir a sentença em liberdade.
"Há quase três meses, celebrávamos uma vitória contra o racismo no Brasil. E hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para lembrarmos da herança escravocrata que herdamos, voltamos para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal. Como já dissemos, mas é necessário repetir: sabemos que essa vitória acontece porque temos visibilidade e somos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos do que quaisquer mães ou pais negros que ainda são silenciados. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio faz diferença nessa luta. Esse é o nosso papel, o papel da branquitude", iniciou o casal.
RELEMBRE O CASO
Na publicação, o casal também relembrou o episódio de racismo sofrido pelos filhos, que aconteceu no restaurante Clássico Beach Club, na Costa da Caparica. Na ocasião, a mulher chamou Titi e Bless de "pretos imundos" e disse que eles deveriam voltar para a África.
"Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022, nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo enquanto estávamos de férias na Costa da Caparica. Sim, o racismo não tira férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica. Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena alguém por racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa e gratos aos nossos advogados, Rui Patrício e Catarina Mourão, que sempre nos fizeram acreditar que a justiça seria feita", acrescentaram.
ENTENDEM SEUS PRIVILÉGIOS
O comunicado foi concluído com o casal expressando sua alegria pela vitória, destacando que esta não é a primeira. Em agosto deste ano, a Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a influenciadora e socialite Dayane Alcântara a oito anos e nove meses de prisão por injúria racial e racismo contra Titi.
"Mais uma vez estamos emocionados. Mais uma vez agradecemos a comoção pública, à imprensa brasileira e aos nossos amigos portugueses. E mais uma vez devemos dizer que precisamos continuar vigilantes, pois o racismo persiste: diminui, fere, mata. Não podemos esmorecer diante dele", finalizaram.