A jornalista e apresentadora Leila Richers morreu depois de um ano de batalha contra o câncer. O anúncio foi feito em seu perfil oficial no Facebook, no início da noite desta quinta-feira (10). Ela tinha 65 anos.
“Queridos amigos! Depois de uma longa batalha contra um câncer enfim descansei. Não haverá velório e serei cremada. Obrigada pelo carinho e pelas orações. Um beijo. Amém!”, diz a publicação.
Nascida Leila de Moura, a comunicadora foi casada com Ronaldo Richers, filho do empresário Herbert Richers, de quem adotou o sobrenome. Antes de ser jornalista, ensaiou carreira como modelo.
Jornalista graduada pela UFRJ, em 1986, Leila foi repórter e editora de moda das revistas "Desfile" e "Manchete", da Editora Bloch. Foi também editora de cultura e apresentadora do “Jornal Panorama”, bem como editora de política e apresentadora do” Jornal da Manchete – Segunda Edição”, da Rede Manchete, que apresentou de 1987 a 1993. Ainda nessa mesma emissora, fez reportagens especiais e entrevistas para o programa “Ela e ele” e o “Programa de domingo”.
Conta-se que nos anos em que ocupou a bancada da Manchete de madrugada, o telefone da redação tocava com pedidos de casamento, jantares a dois e todo tipo de oferta para a dona da voz tida como a mais sensual do telejornalismo da época. Em entrevista a “O Globo”, em 2014, Leila comentou:
“Sou muito reconhecida pela voz até hoje. Chamou a atenção porque não era impostada. Era um instrumento de trabalho, não a usei para seduzir. Há diversas formas de fazer isso, com gestos ou um sorriso”.
Depois de passagens pelos canais CNT e TVE, a jornalista apresentou o programa “Cidade de leitores”, no MultiRio. Em 2017, lançou o canal de entrevistas “Leila +60”, no YouTube, em que vinha atuando desde então, inclusive com entrevistas remotas, durante a pandemia.
“É uma sensação de missão cumprida. Nunca me obriguei a manter meu auge. Fui trilhando um caminho dentro do que eu queria”, disse a “O Globo”.
Ela deixa dois filhos, Guilherme e Daniel, de 42 e 44 anos, e uma neta, Maria, de 7.