Pepê e Neném perderam na Justiça uma briga que estavam travando com a ex-assessora de imprensa, Angélica Capelete, por conta de quebra de contrato. A dupla, que depois de participar do reality show "A Fazenda", da Record, resolveu mudar de assessor, foi condenada a pagar uma quantia de R$ 65 mil para a assessora. As artistas têm 15 dias para recorrer da sentença, que foi publicada no Diário Oficial da Justiça de São Paulo nesta terça-feira, 7.
A sentença favorável a Angélica Capelete foi publicada em primeira instância. O valor total devido pelas artistas está dividido em R$ 50.000 pela quebra de exclusividade no contrato mais R$ 15.460,32 referentes aos 20% que elas deveriam pagar para a ex-assessora por conta dos trabalhos remunerados durante o período de 2013 e 2014. O total da sentença é R$ 65.460,32.
Angélica comemorou a decisão e falou sobre a quebra de contrato. Para a assessora foi, além de uma traição profissional, também uma traição pessoal. "Eu entrei com o processo por conta de uma traição delas. Eu peguei Pepê e Neném numa situação com ação de despejo nas mãos no Rio de Janeiro. Trouxe elas pra São Paulo, paguei todas as dívidas delas com a ajuda de alguns programas de televisão. Consegui colocá-las na mídia novamente, fiz um trabalho de dois anos até elas entrarem na "A Fazenda". Durante o reality eu trabalhei com muito empenho a carreira delas e cuidei das redes sociais. De repente, fui informada pela produção da emissora que eu não era mais a assesora delas. Pepê e Neném não tiveram coragem de me procurar para conversar", explica a assessora de imprensa.
O comunicado que o contrato havia sido rescindido veio por meio de um e-mail. "Elas me mandaram um e-mail em 15 de janeiro de 2015 falando que eu não era mais assessora delas. Aí logo em seguida eu entrei com uma ação. Eu tinha um contrato que previa que elas me pagassem 20% de todos os trabalhos que fizessem. Elas saíram da 'A Fazenda', fizeram vários trabalhos, e eu não recebi nada, porque elas já não me consideravam mais assessora", relatou Angélica, que completou: "Me senti traída, muito mal, tinha deixado vários trabalhos para poder trabalhar com elas."
Angélica conta que passou por problemas de saúde após a 'traição' das artistas. "Eu entrei em depressão profunda, não tinha o que comer. Estava sem dinheiro algum, e meu lado emocional e afetivo estava abalado. A Neném conheceu a Thaís (atual mulher) dentro da minha casa em Franca, éramos muito amigas. As roupas delas estão até hoje na minha casa. Elas me abandonaram", relatou a assessora.
Pepê e Neném devem recorrer
Procurada na terça-feira, 7, Pepê disse, por telefone, às 18h, que não tinha conhecimento do processo. "Estou muito envolvida com o casamento da Neném, estamos produzindo a festa, e não tivemos tempo de nos informar sobre o processo. Tivemos realmente em Franca, no interior de São Paulo, mas a advogada ainda não nos deu retorno sobre a sentença", disse.
Em uma segunda ligação, às 18h50, Pepê contou que conversou com a advogada e explicou que ainda irão recorrer da sentença. "Minha advogada explicou que ainda não pode dizer que é causa ganha. O juiz determinou os valores que nós teríamos que pagar por ela ter sido nossa produtora, mas ainda vamos recorrer. Ainda precisa ser julgado em segunda instância, não tem nada ganho. Ela não pode, inclusive, falar de valores ainda", disse Pepê.
A advogada de Pepê e Neném, Daniela Costa, relatou que a ex-assessora da dupla teria agido de má fé. "O juiz reconheceu que a Angélica ainda tinha o contrato com elas, foi apenas isso que aconteceu nesta sentença publicada hoje. A Angélica era a assessora de imprensa das duas, mas passou a morar em Franca, no interior de São Paulo, e não fez mais o trabalho que devia. Ela agiu de muita má fé, não cuidou da assessoria delas. A Angelica enrolou as meninas e, depois de um tempo, lembrou de um contrato da qual ela não cumpria. Era um contrato que não estava sendo executado", defendeu a advogada.
A defensora das artistas confirmou que elas seguirão com o processo para segunda instância. "Vamos levar para a segunda instância argumentando que a Angélica já não trabalhava mais. Ela não pode requerer esses direitos. Ela não fazia mais nada", explicou.
Sobre os valores devidos, a doutora Daniela disse não ter tomado conhecimento. "Não vi os valores definidos ainda. Temos mais duas instâncias ainda pra recorrer, não temos que pagar nada agora."