Leonardo Vieira já começou o ano de 2017 com uma dor de cabeça. No dia 28 de dezembro, o ator, de 48 anos, foi flagrado aos beijos com outro rapaz em uma festa no Rio. Até aí, nenhum problema. Só que, desde então, o ator começou a receber ataques homofóbicos nas redes sociais.
Nesta segunda-feira, 9, Leonardo foi até a Comissão de Direitos Humanos, no Centro do Rio, prestar depoimento sobre o caso. De lá, ele segue até a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) para registrar a ocorrência.
"Não é a exposição de um beijo que me incomoda. Não fiz nada demais. Um beijo é um ato de amor. O que me incomoda é a exposição generalizada. Eu, como ator, não gosto de me expor porque acredito que um ator não deva revelar sua vida íntima para ninguém, independente de ser hétero ou gay, porque o ator deve ser como uma folha em branco para o personagem, mas isso é uma ideologia profissional minha", explicou ele.
"Acho que não pode haver desrespeito à dignidade humana, nunca. Nesse caso, são ataques à dignidade e isso independe de credo ou orientação sexual. Eu, como pessoa pública, me sinto na obrigação de tomar à frente disso, de participar desse movimento contra as diferenças, porque a minha voz é mais facilmente ouvida do que a de um menino que é atacado na favela por ser homossexual. Ele talvez nunca seja ouvido, talvez comece a achar, inclusive, que é errado dar vazão ao que ele é de fato", afirmou.