22 anos e 15 de carreira
Aos 22 anos, Luísa soma 15 de carreira. Embora cantasse em festivais da escola praticamente desde quando aprendeu a falar, foram os dez anos de palco com o grupo vocal Som Maior, só de meninas, a sua formação. Dos 7 aos 17, ela se apresentou em todo tipo de evento em Tuparendi e encarou os perrengues costumeiros do baixo orçamento – banheiros públicos ou até mesmo o espaço atrás de árvores faziam as vezes de camarim para a troca de figurinos. “Foi uma escola. Acho que, se eu não tivesse vivido isso, não teria tanta maturidade para lidar com as responsabilidades que tenho hoje”, avalia. Por responsabilidades, entenda-se estar à frente da própria carreira. “Ela sempre teve voz ativa. Na escola, defendia o direito de todo mundo. Foi presidente do grêmio estudantil, arrecadou recursos para a biblioteca, para reformar o ginásio e o auditório. Já era uma empreendedora e líder nata”, conta a mãe, Eliane Gerloff.
Nessa mesma época, na adolescência, passou a publicar vídeos no Instagram com suas versões para músicas conhecidas, buscar contatos e implorar a produtores musicais por uma chance. E ela, que até então vivia a fama em uma cidade de 8 mil habitantes onde “todo mundo se conhece”, adentrou a terra sem lei que é a internet. Em 2017, veio o primeiro grande reconhecimento ao vencer a categoria Melhor Cover da Web no Prêmio Multishow. “Nada foi fácil. A gente enfrentou tudo. Doenças, dificuldades financeiras...”, lembra o pai, Cézar Sonza.