Mayra Cardi se manifestou nesta quarta-feira, 9, após a notícia de que a maconha foi legalizada para fins recreativos em mais três estados americanos, entre eles a Califórnia, onde a ex-BBB mora. A erva já estava liberada em no Alasca, Colorado e em Oregon.
A musa fitness - que atualmente se recupera de uma cirurgia na coluna por conta de uma hérnia que causava fortes dores - contou que, na prática, a maconha já era acessível para os californianos, especialmente para fins medicinais, e que ela já fez uso da erva para tentar amenizar dores.
"A maconha já é liberada aqui há muito tempo. O que aconteceu é que agora você não precisa de um atestado médico de que pode usar, mas, na prática, não muda nada. Para as pessoas que queriam usar era só ter o atestado", afirmou.
Mayra disse que a maior parte dos usuários está interessada no uso medicinal, e não em ficar fora de seu estado de consciência normal. "O americano acredita de verdade que a maconha ajuda na Saúde porque se você está com uma cólica, dor nas costas ou dor de cabeça, você vai tomar um remédio forte, com fármacos misturados, que pode te fazer mal. Eles pensam que como a maconha é natural, pode ser mais vantojoso usá-la ao invés de um remédio".
Mas ela reconhece que muitos também querem aproveitar a "onda" que a erva proporciona. Mayra, porém, esclarece que há dois tipos de maconha sendo comercializados por lá e, inclusive, um deles não manifesta efeitos que alteram os sentidos físicos ou da mente. "Lógico que existem as pessoas que usam maconha porque também gostam de ficar 'doidonas', mas aqui se vende de duas maneiras. Tem o THC (tetra-hidrocarbinol), que é o que deixa doido, e o CBD (canabidiol) puro. Antes da votação de ontem, a pessoa ia ao médico e falava: 'Estou com uma dor de cabeça e queria maconha'. Aí o médico prescrevia. Simples assim. A maconha isolada, que é a CBD, não manifesta qualquer efeito. Então a pessoa pode optar", explicou.
A ex-BBB fez questão de esclarecer que o acesso a erva é regulamentado. "Você recebe uma carteirinha que te permite comprar. Isso não quer dizer que você vá numa 'boca' comprar maconha. Você pede em um delivery, entregam em casa como se fosse uma pizza. Tem até um cardápio com todas as maconhas disponíveis explicando que uma é para dormir, a outra para acordar, outra é boa para trabalhar porque não vai tirar sua concentração... Cada uma tem sua finalidade. Vem a planta com a folha verde bonitinha que eles chamam de camarão", diz.
Mayra disse que no caso do tipo que não provoca efeitos colaterais, os valores são elevados. "A isolada é só para uso medicinal e é bem mais cara. É um líquido preto. Eu até postei no Snapchat quando fiquei mal de coluna e testei. As pessoas que sofrem de câncer terminal usam. É caríssimo, um potinho de nada custa 500 dólares Porque é mais difícil de ser extraída da forma mais pura. Realmente não tem absolutamente nenhum efeito de loucura. Não afeta seus neurônios, só age na dor. Vários hospitais com casos de pacientes de câncer terminal trabalham com o CBD". Foi por causa das fortes dores na coluna que ela decidiu testar o uso medicinal da erva. "Quando estava com aquela dor insuportável, tomando morfina a cada três horas, um amigo falou que tinha CBD de uma amiga dele, que usava para cólica. Sou contra o ato de fumar, tanto a maconha quanto o cigarro, apesar de sinceramente saber que o cigarro faz mais mal para a saúde. Não aprovo fumar nenhum dos dois. Quando meu amigo falou do CBD tive medo por ignorância minha, mas a dor era tão grande que experimentei e realmente não tem efeito nenhum".
Apesar de ter aprovado o desempenho do CBD, Mayra parou de usar a erva porque não teve o efeito que ela esperava. "Infelizmente, não resolveu para mim. Meu médico disse que é porque no meu caso a dor é muito forte, tanto que estava tomando morfina a cada três horas, mas é também porque a maconha não age no neurônio, é um outro tipo de medicamento".