A cantora de soul Sharon Jones morreu aos 60 anos. O anúncio foi feito na noite de sexta-feira (18), no site oficial e nas redes sociais dela - que lutava desde 2013 contra um câncer no pâncreas.
"Estamos profundamente tristes por anunciar que Sharon Jones faleceu hoje após uma batalha heróica contra o câncer de pâncreas. Ela estava cercada por seus entes queridos, incluindo os Dap-Kings (banda da qual fazia parte)", conta o comunicado divulgado em seu perfil no Facebook.
No site oficial de Sharon, foi deixada uma mensagem aos fãs agradecendo o carinho e pedindo doações a instituições beneficentes: “Obrigado por suas orações e pensamentos durante este momento difícil. Em vez de flores, as doações podem ser feitas para as seguintes organizações: The Lustgarten Foundation, James Brown Family Foundation e Little Kids Rock. Detalhes adicionais sobre o funeral serão divulgados em breve", escreveu sua equipe.
Trajetória
Sharon Jones nasceu na Georgia, nos Estados Unidos, mas ainda criança se mudou para Nova York, onde cresceu ouvindo Stax, Motown e James Brown. Nos anos 70, cantou em igrejas e fez shows locais, como backing vocal de bandas de funk e disco, além de apresentações solo. Mas não conseguia se estabelecer na indústria da música por conta de preconceito por ser "negra e gorda", segundo palavras da própria em entrevistas.
Aos 25 anos, decidiu procurar outros rumos e, aos 30, foi ser carcereira na penitenciária de Ryker's Island, em Nova York, onde trabalhou por dois anos. Depois, tornou-se segurança de carro-forte do Well's Fargo Bank, também na cidade.
Só em 1996 produtores da Desco Records a descobriram. Era para ela ser uma das três backing vocals da banda Soul Providers, que se tornou a Dap-Kings, mas Sharon Jones sugeriu cantar sozinha e deu certo. Seu som chamou a atenção de Amy Winehouse, que chamou a banda para tocar no disco "Back to Black", que completou 10 anos. A partir daí, sua carreira decolou de vez, fazendo parcerias com Lou Reed, David Byrne e Fat Boy Slim.