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Mulher Abacaxi presta apoio a Linn da Quebrada: "A sociedade transfóbica nos adoece”

Marcela Porto mostrou sua solidariedade à cantora Linn da Quebrada, que foi internada e fez uma nova pausa na carreira para tratar a depressão e o abuso de substâncias químicas

Marcela Porto, mais conhecida como Mulher Abacaxi, mostrou sua solidariedade à cantora Linn da Quebrada, que foi internada e fez uma nova pausa na carreira para tratar a depressão e o abuso de substâncias químicas. Ela, que também é uma mulher trans, relembrou que enfrentou momentos delicados e chegou até mesmo a precisar de remédios para dormir.  

"Toda minha solidariedade à Linn, que vai sair dessa e ficar bem. Não será fácil. Mas com tratamento, respeito e muito amor, ela vai ter a saúde mental restabelecida. Peço todo o acolhimento possível para essa grande artista. Vamos apoiá-la. O que ela precisa é de palavras de acolhimento. Chega de ódio na internet. E vamos nos tratar também, porque quem quer adoecer o outro é porque está doente", pontua.  

Transfobia como agravante  

A influenciadora acredita que a transfobia, dentro e fora da internet, pode ter sido um gatilho para a saúde mental da cantora. "A sociedade transfóbica nos adoece. Pessoas trans têm indicadores de saúde mental preocupantes em comparação com a média, de acordo com pesquisas. É muito difícil lidar com o preconceito. Do mercado de trabalho até os relacionamentos amorosos, tudo é desafiador para a gente. Eu mesma já sofri muito com os ataques e adoeci", revelou.  

Marcela recordou uma fase de sua vida em que enfrentou problemas relacionados à saúde mental, inclusive após a morte de sua mãe. "Eu até já tinha passado por questões como essa, por exemplo, quando minha mãe morreu, mas nada que afetasse tanto meu dia a dia. Em 2023, fui muito atacada quando desfilei com os seios de fora. E as pessoas diziam barbaridades, quase sempre por eu ser trans. Eu fiz tratamento psiquiátrico e psicológico, só dormia com remédio tarja preta. Era difícil ir trabalhar e fazer os afazeres do dia a dia. Era como se o mundo perdesse as cores e o brilho. Não sentia mais prazer em nada. Mas me curei e tenho certeza que a Linn vai se curar também", finaliza.