O "Fantástico" deste domingo vai mostrar a primeira entrevista de Dona Déa Lúcia, mãe do ator Paulo Gustavo, morto na última terça-feira aos 42 anos, vítima da Covid-19. Na conversa com a jornalista Renata Ceribelli, ela contou como está lidando com a perda do filho:
"Não estou bem, mas eu sou capaz de rir. Eu, quando falo dele, eu conto as coisas, eu rio, porque ele detestava quando eu chorava. Ele dizia: 'lá vem mamãe'. Então, eu tenho que ter força, Renata - disse ela. - A cada morte de um filho (por causa da pandemia) eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho ia passar por isso."
Dona Déa contou também como a família se despediu de Paulo Gustavo depois de receber a notícia de sua morte cerebral. Estavam presentes, além dela, Thales Bretas, seu marido, Juliana, sua irmã, Júlio, seu pai, e Penha, sua madrasta.
"A gente foi chamado no hospital, porque ele teve morte cerebral. E nós quatros, Juju, Júlio, eu e Penha ficamos ali. Juliana com a mãozinha dele. O Júlio segurou em uma mãozinha, eu na outra. O Thales no pé, e o Júlio fazendo carinho na cabeça. Eu chamei Penha, vem cá Penha, segura aqui comigo porque você também participou da vida dele. Aí cantamos a oração de São Francisco, que ele sempre pedia, desde pequeno, para cantar. E eu cantava. O batimento foi diminuindo - relembrou ela, explicando que quando os batimentos zeraram, a família fechou a cortina e saiu de perto do ator."
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