O uso da marca RPM tem gerado uma confusão entre Paulo Ricardo, ex-vocalista da banda, e os demais integrantes do grupo. O imbróglio jurídico ganhou novo capítulo na segunda-feira (21) quando Fernando Deluqui, Luiz Schiavon e Paulo Pagni falaram com o programa Morning Show da rádio Jovem Pan.
No ano passado, Paulo Ricardo, já fora do grupo, afirmou ao Morning Show não querer que os colegas utilizem o nome da banda em novos shows. Desta vez, os integrantes da nova formação participaram do programa e contaram suas versões.
Segundo eles, uma cláusula do acordo feito com Paulo Ricardo permite que a banda siga mesmo com a ausência de um membro. “Na melhor das hipóteses, ele está mal informado”, disse Pagni, vocalista e baterista do RPM, integrante da formação original.
Fernando Deluqui, que compunha ao lado de Paulo Ricardo desde os 16 anos, explicou o desentendimento. Ele conta que, em 2007, o grupo fez um acordo no qual dividiam em quatro partes iguais os direitos sobre a marca RPM. O acordo teria sido descumprido por Paulo Ricardo, que acabou obrigado a pagar uma multa de 1,2 milhão.
“Então nós voltamos e fizemos shows com o Paulo. Cada um tem 25% dos direitos. Em março de 2017, o Paulo abandonou a banda, saiu fora, foi cuidar da carreira solo dele. Nós tínhamos contrato para cumprir, esperamos para conversar com ele depois, mas não teve conversa, ele não quis trocar ideia. Nós precisamos botar pão na mesa; houve decisão favorável a nós e estamos aí”, contou.
O baixista Dioy Pallone, novo integrante da banca, procurou não falar sobre a desavença. “É um prazer e uma honra fazer parte da RPM. O que eu quero fazer é ajudar esses caras a fazer o trabalho daqui para frente”.
Sobre as comparações com Paulo Ricardo, Pallone disse que é inevitável que sejam feitas. “Eu sou de boa, sou tranquilo. Tem comparação, é inevitável. É uma ruptura muito importante, é uma imagem. Mas eu procuro me descolar disso, meu trabalho é focado em tocar, compor e cantar direito. O que eu puder trazer para a banda para somar, perfeito.”