A cantora Pitty recentemente parou a gravação de seu DVD “Turnê Setevidas – ao vivo”, em Salvador, para uma rápida DR com seu público. O motivo foi o constante incômodo que a cantora baiana sente ao ser chamada de gostosa.
“Eu sei que a intenção é elogiar, fazer um gracejo, mas na real fico constrangida. Não é legal”, ela diz. Em entrevista, Pitty, que está grávida, reagiu ao que considera objetificação da mulher, lembrando que, ainda que a intenção seja nobre, como se fosse esse um direito do homem ou um elogio, sem se interessar sobre o que a mulher pensa ao ser chamada assim.
A reação do público parece ser bastante calorosa e positiva, como na mesma medida é a fala de Pitty – realmente como amigos conversando. “Gosto de ter essa intimidade e essa liberdade com eles; posso me expressar. O mais legal é ver que eles me entendem”, afirma a cantora, que jamais se furta em se posicionar sobre igualdade de gêneros e contra o machismo.
Como uma rara mulher de sucesso em um meio majoritariamente masculino como é o da música, Pitty necessariamente se sobressai como um exemplo – e ela veste muito bem essa função, levando o público à reflexão de forma carinhosa e horizontal.