A rainha Elizabeth removeu de maneira definitiva uma série de títulos militares e patrocínios reais concedidos ao príncipe Andrew, informou o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (13/1). Filho da monarca, ele responde por uma denúncia de abuso sexual.
“Com a aprovação da rainha, as afiliações militares e patrocínios reais do duque de York foram devolvidos à ela. O duque de York continuará a não assumir nenhuma função pública e está defendendo este caso como cidadão privado”, diz o comunicado.
A atitude de Elizabeth ocorreu algumas horas depois que 150 veteranos militares escreveram uma carta à rainha, pressionando-a para que Andrew fosse destituído das funções, situação que classificaram como “insustentável”.
“Se fosse qualquer outro oficial militar de alto escalão, é inconcebível que ele ainda estivesse no cargo”, escreveram, em um trecho da carta.
“Os oficiais das forças armadas britânicas devem aderir aos mais altos padrões de probidade, honestidade e conduta honrosa. Esses são padrões dos quais o príncipe Andrew ficou muito aquém”, criticaram.
Crise na realeza
Andrew foi acusado por Virginia Giuffre de agressão sexual. Embora negue, ele se vê no epicentro de uma crise sem precedentes e enfrenta resistência até mesmo de parentes próximos, como dos príncipes William e Charles.
Duque de York, Andrew era considerado o filho “favorito” da rainha. Ele havia sido suspenso de suas funções militares em 2019, quando deixou as funções públicas na realeza, assim como Harry e Meghan Markle, duque e duquesa de Sussex.