Estratégias
Com cerca de 200 seguidores, fatura em média de US$ 1 mil a US$ 1.500 por mês (algo entre R$ 5.600 e R$ 8.500, considerando a cotação atual). A rede ainda não aceita pagamento em moeda brasileira e, segundo as usuárias, a maioria dos compradores são estrangeiros.
Nicolli prefere manter a maioria das postagens de sua conta gratuitas, mas todas têm um ícone que permite aos seguidores enviar gorjetas. A maior parte do dinheiro, no entanto, não vem daí. Ela explica:
“Dentro do direct é onde rola a grana pesada.” O direct é onde produtores de conteúdo conversam com seguidores de forma privada, como acontece em qualquer rede social. A diferença é que, no OnlyFans, cada mensagem pode ter um preço, escolhido pelo dono da página.
“Se eu recebo uma gorjeta, eu normalmente chamo a pessoa no direct e dou um brinde. Por exemplo, se postei uma foto de lingerie, mando no privado um vídeo tirando a lingerie, e cobro por ele. Quem viu a amostrinha grátis paga para ver a sequência.”
Outra estratégia: “Mando para todos os meus seguidores uma foto sensual grátis e, em seguida, um vídeo pago de masturbação, avisando na legenda do que se trata. Todos acabam pagando. Isso aprendi com as gringas”.
Às vezes, o papo por direct no OnlyFans avança para uma relação virtualmente mais íntima (e mais cara), por WhatsApp. Nicolle cobra R$ 50 por cinco minutos de conversa em vídeo pelo app.
“É como se fossem meu amantes. Tudo virtual, e tudo bem. Pagando bem, que mal tem?”