Titi Müller está proibida judicialmente de falar sobre o ex-marido Tomás Bertoni. Os dois foram casados durante dois 2 anos e se separaram em 2021. A informação foi dada nesta quinta-feira (23) pelo programa Estúdio I, comandado por Andréia Sadi, na GloboNews.
Segundo relatos dados pela apresentadora à Justiça, a relação com o integrante da banda de rock Scalene piorou após a separação, com duas formas de violência: a institucional e a física, sofrida por Titi ainda casada.
“Nós estamos falando de uma pessoa que está em situação de violência. Ela tem algumas ações, não é só uma ação e nós estamos atuando nessa ação que está investigando violência doméstica narrada pela nossa cliente, bem como uma ação cível, vinculada às violências que também foram narradas pela vítima”, disse a advogada Ana Carolina Fleury.
Durante o processo de separação, Tomás admitiu, na presença da então advogada do casal, que submeteu Titi a violência psicológica, verbal e física, confissão feita com a condição de que ficasse sob sigilo por 15 anos, segundo documentos obtidos pela GloboNews.
O termo em que Tomás admite as violências não foi incluído na homologação do divórcio. O músico entrou com um pedido de desistência e Titi concordou.
Segundo a defesa, ela assinou o documento porque, naquele momento, não queria entrar em uma batalha judicial. O pedido de extinção do processo foi homologado e sem possibilidade de recurso.
Titi passou a expor o descaso do ex-marido na criação do filho, Benjamim, de 3 anos. A família de Tomás, que é filho do ex-ministro da Justiça do Governo Temer, Torquato Jardim, entrou com uma liminar para proibir a comunicadora de citar qualquer membro da família nas redes sociais. O pedido foi concedido sob o argumento de “assegurar sua imagem e integridade moral”.
“Tem uma liminar que meu ex-marido pediu para que eu não citasse ele e pessoas da família dele em rede social sob multa. Então isso é absolutamente inconstitucional. Enfim, eu estou aí sob mordaça”, acusou a apresentadora em entrevista ao portal UOL.
Em um dos seus desabafos, Titi disse que Tomás não queria pegar o filho alegando estar sintoma de Covid-19.
“Toda semana a pessoa aparece com sintoma de Covid, e aí não quer pegar o filho. Hoje eu ofereci o teste de Covid, não quis fazer e acabou que eu vou levar sozinha em mais uma consulta médica. É muito barra pesada lidar com isso tudo sozinha”, disse Titi em vídeo publicado em seu perfil pessoal.
Há 10 dias, a Justiça concedeu medida protetiva a Titi Müller, garantida na Lei Maria da Penha, contra Tomás Bertoni pelas constantes violências psicológicas por parte do ex-marido.
Após a divulgação da reportagem, a ex-global se manifestou, por meio de sua assessoria de imprensa, nas redes sociais. Leia abaixo:
"Por força de uma liminar que prevê pena de multa, a apresentadora Titi Muller está restrita em seu direito de se manifestar a respeito das sete ações que correm na Justiça entre as partes. Um novo recurso contra essa decisão anticonstitucional será pedido pelas advogadas que a representam.
As violências psicológica e física sofridas pela apresentadora se iniciaram ainda durante sua gravidez, em 2020. O receio de que o caso se tornasse público, agravando a já conturbada relação com o pai de seu filho, fez com que ela evitasse a denúncia formal até o limite de suas forças e de sua segurança, o que ocorreu em 05 de agosto de 2021. Uma medida protetiva concedida pela Justiça para garantir sua integridade está em vigor desde 13 de fevereiro de 2023.
Com 15 anos de uma carreira que engloba as mais diversas temáticas contemporâneas na TV e nas redes sociais, de comportamento e política a música e viagens, Titi está tolhida de abordar publicamente o assunto mais presente e relevante em sua vida atual: a maternidade. Uma violação de direito que extrapola sua condição de comunicadora e atinge a todas as mulheres e mães."