Wanessa Camargo, que iniciou sua carreira musical nos anos 2000, reflete sobre as mudanças na vida dos artistas com o surgimento das redes sociais. Em entrevista à Quem, ela compartilhou como se adaptou à nova realidade, onde figuras públicas passaram a ser mais expostas e humanizadas.
“Foi um aprendizado, porque venho de uma geração que via o artista de uma maneira mais intocável. Não podíamos demonstrar fragilidades ou vulnerabilidades, era preciso estar sempre impecável. Imagine postar uma foto ao acordar, desarrumada?", ponderou a cantora.
Ao longo do tempo, a cantora percebeu que aproximar-se do público poderia ajudá-la em seus objetivos profissionais, especialmente no ramo da música, que lida diretamente com emoções. "Aprendi a ser mais humana na vida profissional, mas também a estabelecer um limite para preservar minha privacidade", destacou.
Régua de vida
Mãe de dois filhos, José Marcus e João Francisco, e namorada de Dado Dolabella, a artista compartilha que encontrou uma medida para a exposição de sua vida pessoal nas redes sociais. “Tenho uma régua: se algo da minha vida particular pode agregar ao público, eu compartilho. Caso contrário, não vejo necessidade", explicou.
A síndrome do pânico
A ex-BBB também comentou sobre sua experiência com a síndrome do pânico, uma condição que inicialmente escondeu por receio de ser julgada, mas que decidiu compartilhar para ajudar outras pessoas que enfrentam a mesma situação. "Quando tive minha primeira crise, em 2004, ninguém falava sobre isso. Hoje, vejo como parte do meu papel dividir essa vulnerabilidade", relatou.
Wanessa ressaltou ainda o apoio que recebeu da família, amigos e seguidores após sua saída do BBB 24, considerando esse suporte essencial para enfrentar os desafios emocionais. "Eles são a mola que te levanta", afirmou.
Por fim, a cantora abordou a pressão que os artistas sofrem por conta de números nas redes sociais. Após o lançamento de seu single "Caça Like", ela admitiu que equilibrar autenticidade com a busca por relevância digital é um grande desafio.
"É difícil não se deixar levar pela pressão dos números. Às vezes, está tudo bem ser mais real e não focar tanto em alcançar grandes métricas", concluiu.