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Zezé di Camargo revela medo de voar e diz: 'Dinheiro não é capim'

Cantor relembrou como foi a primeira vez que entrou em um avião

“Foi por medo de avião, que eu segurei pela primeira vez a tua mão...”. O trecho da música de Belchior poderia contar um pouquinho da história de Zezé Di Camargo.

Embora tenha um jato particular desde 1995 e precise encarar o desafio quase diariamente para cumprir sua agenda de shows, o sertanejo não esconde seu medo de voar.

O pai de Wanessa Camargo relembrou como foi a primeira vez que entrou em um avião. “Foi um terror! Eu tinha 11 anos, fui cantar para um fazendeiro em Santa Helena, em Goiás, e ele tinha uns aviões de jogar remédios sobre as lavouras. Só que esses aviões são pequenininhos e parece que são feitos à mão. Só cabe o piloto e tem uma poltroninha do lado. Ele perguntou se eu já havia andado de avião, eu disse que não. Fui dar uma volta. Quando levantou voo, acho que ele já sacou que fiquei com medo. Ai ele deu uns rasantes. Perguntava se eu estava com medo e eu dizia que não. Olha... voamos por uns cinco minutos, mas para mim durou umas cinco horas. Sofri demais”, relembrou Zezé, que acredita que o fato o traumatizou.

Por conta do temor, ele tem um acordo com o irmão, Luciano. A cada final de semana de shows, um dos dois decide qual será o horário de retornar para casa. “É para não ter divergência. No final de semana que eu mando, não tem essa de voar de noite. Ele fica sempre louco para voltar pra casa, já entrei em umas frias terríveis. Já aconteceu de eu não saber se eu agarrava em alguma coisa ou se enforcava ele de raiva. O avião parecia que ia desmanchar lá em cima”, recordou Zezé

Zezé Di Camargo  e Graciele Lacerda (Crédito: Ego)
Zezé Di Camargo e Graciele Lacerda (Crédito: Ego)


'AVIÃO NÃO É LUXO'

Entre muitas histórias de turbulências e falta de ar ao entrar em aeronaves minúsculas, Zezé afirmou que, para ele, ter um jatinho, não é um capricho. "O avião não é luxo, é necessidade", afirma. E, para evitar cair em furadas e investir dinheiro desnecessário no avião, ele conta com a ajuda de profissionais na equipe para indicar qual o melhor produto.“Apanhamos muito no começo, por não entender de nada. Mas a gente vai aprendendo, tem que estar realmente com pessoas que entendam de avião, de cuidados. Fomos descobrir uma vez, por exemplo, que estávamos viajando ‘escondido’ no avião e nem sabíamos. Tinha hora no avião que não estava marcada na carta de registro”, contou ele. Embora confie nas sugestões das pessoas próximas, Zezé faz questão de saber o valor que investe nas aeronaves. “Dinheiro não é capim, não. Tem que ter cuidado. No início da carreira, quando se começa, você não olha muito essas coisas. A ansiedade de ter as coisas que sonhou... Quando meu pai comprou uma carroça a primeira vez, a gente comemorou como se fosse um carro. Imagina a gente ter condição, de repente, de ter o carro do ano”, contou ele, que mostrou ter perdido o desejo de investir dinheiro nas novidades do setor automobilístico.

“Eu, por exemplo, ando em um carro de 2008. É um belo carro e tudo, mas é de 2008. Na hora em que você senta no carro e anda, dali a dois dias já perdeu 20% do valor do carro. Já não é zero mais. Isso você só aprende com o tempo. No início, na empolgação, você quer tudo, faz muita bobagem, perde muito dinheiro. Tem coisa que eu não faria hoje, fiz muita bobagem. Mas o ser humano aprende assim, apanhando, cometendo os erros. E a gente que tem que cometer os erros. Ninguém aprende por você”.

Zezé Di Camargo  e Graciele Lacerda (Crédito: Ego)
Zezé Di Camargo e Graciele Lacerda (Crédito: Ego)


Zezé Di Camargo  durante voo particular (Crédito: Ego)
Zezé Di Camargo durante voo particular (Crédito: Ego)