Helio Vargas, conhecido nos bastidores da TV como o "senhor auditório", tem a partir de janeiro a difícil missão de estancar a queda de audiência do "Domingão do Faustão". Desde 2000, o programa perdeu aproximadamente um em cada seis telespectadores ( 18%). Alçém disso 2011 foi o pior de todos os anos em audiência desde a estreia do programa.
Vargas foi chamado por causa de sua experiência em atrações de auditório, sejam ao vivo ou gravadas. Ele já trabalhou com Silvio Santos, Gugu Liberato, Hebe Camargo e até recentemente dirigia o núcleo artístico da Band, de onde se afastou para assumir o novo cargo.
Na Globo, terá de usar de toda sua "expertise" para recolocar Faustão na trilha do ibope perdido. Vale lembrar que, individualmente, Fausto Silva é o maior faturamento da Globo e uma das marcas mais valiosas da emissora.
Ano após ano, porém, o apresentador vem sofrendo concorrência mais acirrada --não só de outros canais, mas também de outras formas de lazer para o telespectador, como a TV paga, os DVDs e os games, que também chegaram às classes C e D.
Vargas tem a tarefa de recuperar esse público --hoje o mais cobiçado pela Globo-- e de preencher as três horas do programa, em 2012, com algo que atraia a atenção dele, seja por meio de novos quadros, competições ou convidados.
O "Domingão" tem atualmente uma hora a menos que no passado (quando começava sempre antes do futebol). A Globo optou em trocar aquela primeira entrada por filmes.
Isso foi uma tentativa de fazer decolar a audiência na "rabeira do futebol e melhorar a média do ibope do programa, excluindo a primeira parte, que sempre dava resultado ruim.
A estratégia não deu certo, pois a queda de audiência continuou. Cabe ao novo diretor enfrentar essa nova realidade dominical.