Prada, Gucci, Dolce & Gabbana, Fendi, Roberto Cavalli, Armani? Quando nomes como esses pisam na passarela, o mundo volta as as atenções para suas ideias. Não é para menos, muito deles serão copiados em praticamente todos os lugares. Eles fazem parte da semana de moda de Milão, que o mundo fashion internacional adora criticar, principalmente no quesito datas, e que sempre gera polêmicas. Nada, porém, tira o mérito desses criadores.
Ao contrário de Londres, cujas estampas deram o tom nas apresentações, ou de Nova York, com seus jogos gráficos, Milão aposta na feminilidade para a temporada primavera-verão 2013. Mas não uma feminilidade escrachada e exagerada, nem revestida de ladylike. Nada contornando ou apertando demais o corpo. Apenas peças mais largas, algumas bem amplas; transparências com opacos; brilhos e rendas estratégicas. Uma leveza contrapondo materiais fluidos, como sedas e transparências, com couros e peles. Muitas apresentações minimalistas, outras levemente mais exuberantes.
Cada grife trouxe uma tendência marcante em sua coleção: japonismo (Prada); Sicília com direito às listras de seus guarda-sóis (Dolce & Gabbana); cores fortes (Gucci e Versus); geométricos (Fendi by Karl Lagerfeld e Marni); fluidez e elegância à toda prova (Armani e quase todos os outros); e animal print (um pouco em Cavalli e Gucci). Mas é claro que os conjuntinhos mantêm-se inabaláveis e também surgem na pele dos pijamas, dos anos 1970. Além de shorts, calças cropped, casacos, vestidos, saias, camisas.
Pegada sportswear feitas com tal grau de refinamento que servem (e como!) para ocasiões mais formais.
Nas cores, além dos tons intensos e dos pastel, valem também o preto, branco e cinza com pitadas de vermelho da Prada. Nas estampas, desenhos que se misturam a tecidos lisos, ou desenhos em vários tons. As silhuetas vão das retas, tipo coluna, para alongar, às mais arredondadas e longe do corpo. Tudo sem aperto.
Confira na galeria looks que retratam as principais tendências apresentadas em Milão.