O número de focos de incêndio no país cresce de forma assustadora neste mês de agosto. Já são mais de 90 mil. As queimadas estão destruindo áreas onde a natureza estava preservada.
Uma combinação perigosa atrapalha as equipes de combate aos incêndios em todo país. A vegetação seca e o vento ajudam a espalhar o fogo.
Os satélites que monitoram os incêndios no Brasil registraram, nesses 14 dias de agosto, mais de 90 mil queimadas. No mesmo período do ano passado, eram 17 mil, um aumento de mais de 500%.
Em Santana do Araguaia (PA), o fogo que avança sobre a mata nativa foi controlado. A luta agora é contra as chamas que seguem na direção de uma comunidade.
A destruição se agravou no Parque Nacional das Emas, no sudoeste de Goiás. O incêndio já destruiu mais da metade da maior reserva de cerrado do país. Segundo a direção do parque, o fogo começou por causa de um curto-circuito em uma fazenda vizinha.
No Tocantins, os focos estão aumentando. Em 26 cidades, há queimadas fora de controle. No Parque Estadual de Lajeado, bombeiros, militares do exército e brigadistas tentam apagar o incêndio que começou há mais de uma semana.
O combate está concentrado numa região de difícil acesso. Um helicóptero é usado para identificar os focos. O tamanho do estrago na região ainda não foi calculado. ?Uma grande importância dessa unidade ecológica como um todo é a manutenção dá água em termos de qualidade e quantidade para a cidade?, diz o ambientalista Rodrigo Sabino.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia a recuperação do cerrado, devastado pelo fogo, pode demorar de cem a 200 anos.