Depois de Nicki Minaj bombar no YouTube com o clipe de "Anaconda" – foram mais de 20 milhões de visualizações só nos dois primeiros dias--, a cantora insistiu em rebolar o seu bumbum avantajado na noite deste domingo (24), no VMA, ao lado de Beyoncé e outras divas. Para analisar esse cenário de abundância, conversamos com as rainhas do "popozão" brasileiro Valesca Popozuda, Mulher Melancia, Mulher Filé e Thaysa, do Bonde das Maravilhas.
Conhecida por disseminar a "Dança do Créu" e conseguir rebolar o bumbum em cinco velocidades diferentes, Andressa Soares –-a Mulher Melancia-– avaliou as apresentações de Nicki Minaj, Taylor Swift e Beyoncé no VMA e acredita que as cantoras deveriam investir em um pouco de "brasilidade". "Elas precisam aprender o gingado brasileiro e do funk carioca. Aí, sim", disse ela aos risos. E acrescentou: "Podem me chamar, que eu ensino".
E ela ensina mesmo. Já que, na competição de tamanho, ela sai na frente com cerca de 120 cm de bumbum. Já o "popozão" que Nicki mostra em seu clipe "Anaconda" tem "somente" 110 cm de circunferência. No entanto, Melancia diz que, na batalha de "superprodução e investimento", a rapper americana tem mais chances de ganhar. "Claro que o dinheiro gasto nessa produção deve ter sido absurdo, isso garante a qualidade do trabalho. Achei de muito bom gosto, maquiagem, figurino impecáveis. Sucesso certo", avaliou.
Já a funkeira Yani, conhecida como Mulher Filé, acredita que Nicki Minaj escolheu uma batida de funk semelhante ao pancadão brasileiro e "botou pra fu..." em seu clipe. "Nicki gosta de dançar, e essa pegada de sensualidade é bem dela. Ela queria causar e conseguiu. Ela é uma artista e, para poder bombar, tem que se diferenciar", explicou ela, que avalia que o rebolado das gringas é diferente do das brasileiras. "Aqui as funkeiras rebolam mesmo."
Nem Miley Cyrus passou pelo crivo de Filé, que afirma que a ex-Hanna Montana não dança e pegou carona no estilo da Madonna. "O estilo de Miley não é tão brasileiro. Ela quis passar a mensagem de que 'sou meio vadia agora, quero pegar uns caras, eu bebo, eu zoo e f...-se'", classificou a brasileira, que está prestes a gravar um clipe para a música "Strip-tease", em que ficará nua e fará pole dance.
"Sintam a batida e liberem até o chão"
Como toda diva, Valesca Popozuda não desceu do salto. Ao falar do rebolado das cantoras pop internacionais, a dona do hit "Beijinho no Ombro" teceu elogios e disse que combina muito com o funk, mas descarta que elas tenham se inspirado nas brasileiras. "Elas nem precisam disso. São rainhas no que fazem, não precisam rebolar muito para isso. São rainhas paradas", disse aos risos.
No entanto, Valesca deu dicas de como Nicki Minaj, Taylor, Miley e Beyoncé podem alcançar um rebolado impecável como o das funkeiras do Brasil. "Se soltem e deixem a música fluir. Sintam a batida e liberem até o chão. Basta liberar e mexer sem sentir vergonha, que o rebolado funciona", explicou ela, que tem 106 cm de bumbum.
Pertencendo à classe das novinhas do funk, Thaysa, 16, do Bonde das Maravilhas, ficou conhecida por dançar o "Quadradinho de Oito" ao lado de suas colegas Katlyn, Thalia, Rafaela, Karoliny, 18, e Renatinha, 15, --as últimas duas estão grávidas. Para a vocalista do grupo, a sensualidade está no auge e, por isso, as gringas estão estourando.
"Eu gosto bastante da Nicki. Ela é sensual,provocante, e isso é bem dela. É um pouco da nossa tradição brasileira estourando no exterior. Porque aqui, no funk e no hip hop, mexemos muito o bumbum", finalizou ela, que está fazendo um clipe novo que terá passos circenses que também valorizam a dança com o bumbum.