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Globeleza conta que malha para não parecer magra demais

A estudante de jornalismo, que se transforma em passista nas vinhetas da Globo

Um dos símbolos do carnaval não é super sarada, não tem cabelão, mas deixaria babando o radialista Osvaldo Sargentelli ou o caricaturista Lan, ambos apreciadores das belas mulatas que costumam florescer nesta época do ano. Trata-se de Aline Prado, de 24 anos, que mais uma vez se pinta com as cores da folia para se transformar na Globeleza. Com 1,70m e 55kg, ela vai de contra o padrão das ?mulheronas? que tomaram conta do carnaval. Mas apesar do corpinho esguio - uma exigência para encarnar o símbolo do carnaval da Globo -, ela malha forte nesta época do ano para manter tudo no lugar.

"Represento um tipo de beleza clássica do carnaval, a passista comum. Na verdade, sou a mitificação da passista perfeita.Por isso não posso malhar muito para não aparecer muito grande no vídeo, mas tenho que ter tudo no lugar, não pode sobrar nada", diz ela que ainda mata os outros mortais de inveja por ter tendência a perder peso. "Se não malhar, fico muito magrinha", conta a estudante de jornalismo e bailarina clássica.

Aline malha o ano inteiro, mas na época da gravação da vinheta, costuma dar uma intensificada nos exercícios para sumir com alguma dobrinha que ela jura que tem na barriga. Nós não vimos nada.

?É um trabalho muito específico que fazemos porque ela tem que ter uma barrigada sarada, mas os músculos não podem aparecer. Não pode formar os chamados ?gominhos??, explica o personal da Globeleza Filipe Brito, que a treina há quatro anos.

O trabalho mais intenso que Aline pode fazer é na parte inferior do corpo, com tendência a caprichar no bumbum. Durante um trabalho de glúteo vertical no modelo ? como é chamado o exercício -, ela chega a levantar até 50kg.

Apesar de tantas restrições, ela se diz feliz com o papel que encarna há seis anos e que não teme ficar marcada para sempre como ?Globeleza?.

?Adoro ser Globeleza e não me preocupo em ficar marcada desta forma, não. Vivo os meus momentos e estou feliz assim?, diz ela que jura não ter uma escola de samba do coração, apesar de ter sido criada no meio.

?Desde pequena, meu pai sempre me levou para o samba. Frequentei tantas escolas, tantas quadras, que amo todas por igual?, diz ela politicamente correta.