Já ouviu por aí que o cabelo de grávida cai muito? E que fica oleoso? Já reparou que as gestantes que costumavam tingir os fios param de fazer retoques e ficam com centímetros de raiz? Parece uma regra: mulher grávida abre mão do cuidado com o cabelo. Dizem que tudo faz mal, mas será que é assim mesmo?
Contrariando o mito de que cabelo de grávida não pode receber cuidados, o tricologista Valcinir Bedin afirma que é durante a gestação que o cabelo atinge seu auge. “A gravidez é um período muito bom para os cabelos porque os hormônios femininos estão aumentados em relação ao hormônios masculinos, que são os responsáveis pela queda de cabelos e pela oleosidade dos fios”, diz o dermatologista.
Até a crença de que não se pode tingir os cabelos durante a gestação é incorreta. Segundo o especialista, no passado as tinturas eram feitas com metais pesados, como o chumbo, o que fazia com que os médicos proibissem as tinturas. “Hoje isso não ocorre mais e as tinturas podem ser usadas, mas tem que haver o cuidado com os processos alérgicos, uma vez que o couro cabeludo é muito vascularizado e pode responder com alergia ao contato com a tintura. Do ponto de vista puramente médico não há problemas em se utilizar nenhuma tintura autorizada pelo Ministério da Saúde”, diz Bedin.
Outro benefício que a gestação traz para a mulher é o aumento no ritmo de crescimento dos fios e a maior duração da fase anógena dos fios, o que faz parecer que a mulher ganha quantidade de fios. “O problema é que, após aproximadamente quatro meses do parto, tudo volta ao normal e os cabelos que ficaram mais tempo na cabeça caem, dando uma sensação maior de queda, chamada de eflúvio telógeno”, diz.
A queda maior do que o normal pode ser indício de falta de nutrientes. A gestante deve falar com o médico e procurar um nutricionista para equilibrar a dieta e evitar sobrepeso.