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Grifes inovam jeito antigo de fazer roupa

Alexandre Herchcovitch trocou o rigor da alfaiataria pelos pregueados e ombros reforçados por cortes e palas.



A maneira de montar a roupa mudou bastante. Se antes das escolas de moda, o que se usava era molde de papel, para peças com cintura, mangas e gola; ou pernas e cintura, o que as aulas de moulage fizeram foi abrir caminho para outros tipos de modelagem. Se a Comme des Garçons usa este conhecimento como técnica para deformar corpos, por aqui preferimos embelezar as pessoas. Hoje foi um dia de amostras deste tipo de trabalho.

Alexandre Herchcovitch trocou o rigor da alfaiataria pelos pregueados e ombros reforçados por cortes e palas. Valdemar Iodice usou a alfaiataria como base para recortes a laser, que rendilharam tecidos e couros, misturados com bordados em richelieu, em uma síntese de design e artesanato perfeito. Na Osklen, as pesquisas da equipe liderada por Oskar Metsavaht partiram para as malhas e tecidos enrolados nos corpos, com golas e mangas armadas, lembrando escafandros, dentro do tema dos mergulhos no mar.

Muito bom ver que há espaço e empenho para este tipo de estudo na moda. Junto com as inovações na área de tecidos e o desenvolvimento das técnicas artesanais, que dão perfil de alta costura às coleções, estamos formando uma geração que pode primar pela originalidade.

Deixei a Paris Hilton, digo, a Triton, por último. Ok, tem que haver um lado festivo, engraçado, e ninguém melhor do que esta perfeita encarnação da loura do que a americaninha festeira, baladeira, e etc. Faz parte, o auê que provoca. Faz parte de uma semana de moda que reflete o momento de uma sociedade. Ai, que momento é este?