Um homem com traumatismo craniano morreu no norte da Grã-Bretanha após ser impedido de entrar em um hospital por funcionários que acreditavam que seu estado de confusão mental era consequência de embriaguez.
A família de Arnold Siddall, de 47 anos, decidiu divulgar no domingo imagens de câmeras do circuito interno de TV do hospital que o mostram caído sobre a grama diante do olhar impassivo dos seguranças.
Há dez dias, a Justiça condenou o hospital e a segurança como responsáveis pela morte de Siddall, que foi deixado sem tratamento por 14 horas.
Ele havia sido levado ao hospital por paramédicos que o atenderam após ele ter sido empurrado em um bar na região da Grande Manchester e caído no chão depois de reclamar sobre o barulho, em setembro de 2007.
Os paramédicos haviam escrito uma nota dizendo que Siddall havia perdido a consciência por três minutos após bater a cabeça no chão, mas o prontuário não foi passado aos funcionários do hospital.
Os médicos assumiram que ele estava apenas bêbado e o retiraram do hospital poucas horas depois, sem avaliar corretamente seu quadro clínico.
Ele foi deixado sozinho na entrada do hospital, onde os seguranças apenas observaram quando ele caiu e vomitou.
Fratura
Após ser detido pela polícia por suposta embriaguez, Siddall foi readmitido no hospital, onde morreu dois dias depois, com fratura no crânio.
O juiz que analisou o caso afirmou que a morte poderia ter sido evitada se ele tivesse recebido os cuidados apropriados.
Segundo o juiz, o hospital falhou sistematicamente ao não reconhecer a condição de Siddall e não tratá-lo adequadamente.
O homem que empurrou Siddall foi absolvido da acusação de homicídio culposo em 2008.
A direção do hospital formalizou um pedido formal de desculpas à família de Siddall e afirmou que desde sua morte adotou novas normas para evitar novos casos como o dele.