Os homens traem porque sabem que vão sair ilesos e não serão punidos. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada por um escritor inglês que entrevistou durante cinco anos 250 adúlteros confessos.
O escritor Peadar de Burca, 36, decidiu investigar a questão para escrever a peça Why Men Cheat (Por que os Homens Traem), em cartaz em teatros na Inglaterra desde o começo deste ano. O tema surgiu na vida de Burca por razões pessoais. Na infância, tomou conhecimento de série de casos de traição na família e quis explorar os motivos que levam os homens a trair.
As hipóteses iniciais que passavam pela sua cabeça incluíam uma sexualidade exacerbada ou até questão genética. Passou então a conversar com tais pessoas, de diferentes estilos de vida e classes sociais, incluindo médicos, dentistas, professores, esportistas e até milionários.
Veja os principais dados do levantamento feito pelo escritor, publicado na versão eletrônica do jornal Daily Mail:
- Dos 250 homens que cometeram adultério, apenas 40 deles tiveram seus casos descobertos. Os demais, sem exceção, se safaram, pois mesmo quando suas mulheres souberam dos relacionamentos os perdoaram e tudo continuou na mesma.
- O escritor também entrevistou 60 mulheres traídas e quase 100% delas mantiveram o casamento depois de tomar conhecimento dos casos extraconjugais. Apenas três delas se separaram.
- Mesmo quando pegos em flagrante, a maioria dos homens nega a situação, e costuma lançar frases do tipo "Não é o que parece", "Você está imaginando coisas". Muitos se expressam de maneira tão calma que as mulheres chegam a duvidar de sua sanidade mental.
- As razões alegadas pelas mulheres para manter o casamento mesmo com o marido pulando cerca são geralmente a manutenção do lar, padrão de vida e não deixar os filhos crescerem longe do pai.
- As traídas também manifestaram ao autor que não se imaginam conduzindo a vida sozinha e que não acreditam que encontrariam outro companheiro após a separação.
- Segundo o escritor, todas as mulheres traídas tinham um traço muito forte em comum: a baixa auto-estima. Ele afirma que muitas eram mais bonitas, atraentes e inteligentes que as amantes, mesmo assim não pareciam assim para seus maridos.
- O pesquisador inglês afirmou que os homens falaram abertamente sobre seus casos pela simples vontade de contar sobre seus feitos e não porque tinham necessidade de se abrir com alguém par aliviar a culpa.
- Os maridos infiéis entrevistados tinham entre 25 e 65 anos e muitos, segundo o escritor, eram "feios como o diabo", mas mesmo assim tinham sucesso em suas aventuras extraconjugais.
- O escritor também afirma que em muitos casos, além da falta de beleza, os homens não tinham nenhum estilo de vida glamouroso ou interessante.
- Segundo a pesquisa, os casos fora do casamento não significaram felicidade para os puladores de cerca. Na verdade, quanto mais traem, mais ficam inseguros.
- Muitos homens admitiram que não estavam em busca de sexo, mas sim de algo para preencher um vazio que sentiam em suas vidas.
- A maioria dos traidores não demonstra sentir culpa pelos casos fora do casamento e já manifestou interesse pelo próximo relacionamento, o que prova que esses homens não buscam nenhum tipo de relação estável com as amantes.
- Alguns homens entrevistados revelaram uma estratégia cruel para se safar de serem punidos pelas esposas quando tiveram seus casos descobertos. Eles afirmaram que passaram a ter atitudes e a dizer coisas para fazer com que elas se sentissem culpadas pela crise na relação, como afirmar que elas negam relações sexuais e os ignoram. Um chegou a afirmar que assim conseguiu que sua mulher até lhe pedisse perdão por seu comportamento.
- E, segundo o escritor, essa técnica rende frutos. Muitas mulheres afirmaram que, após descobrirem o caso dos maridos, nunca conseguiram sentir-se bem consigo mesmas novamente.
- Muitos homens começaram a trair quando atingiram a meia-idade, reforçando o clichê do gatão de meia-idade que sai em busca de sua juventude.
- O escritor descobriu que a maioria das amantes tinha cabelos mais longos do que o das mulheres oficiais.
- A maioria dos casos é descoberta por sinais óbvios, como marcas de batom na roupa ou arranhões no corpo.