Após a morte de 11 bebês prematuros em 40 dias por infecções bacterianas, o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), que tem a maior unidade de saúde neonatal de Brasília, anunciou na segunda-feira medidas que vêm sendo tomadas para controlar o surto das bactérias Klebsiella, Serratia e Estafilococo.
Desde a última sexta-feira, estão proibidas novas internações, e os seis recém-nascidos que apresentam situação mais grave estão isolados e passam por terapia intensiva na UTI do neonatal. Outros 30 bebês suspeitos de contágio estão sob observação. Segundo o diretor geral do HRAS, dr. Alberto Henrique Barbosa, não há casos de contaminação pela superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).
"Estamos apurando essas mortes. Acreditamos numa associação de fatores", afirmou Barbosa. Entre eles, segundo o diretor, estão o quadro reduzido de funcionários, a superlotação da UTI e a falta de insumos hospitalares como soros, sondas e cateteres especiais.
As infecções ocorreram entre outubro e o dia 10 de novembro. Em 13 de novembro, Alberto Barbosa disse ao Terra que o número de mortes acima dos níveis inaceitáveis (que corresponde a dois ou três bebês por mês) havia levado o HRAS a reduzir o atendimento. "Restringimos o atendimento para os casos de maior gravidade", disse. Com isso, as gestantes em situações menos graves passaram a ser transferidas para outros hospitais da rede hospitalar do Distrito Federal.