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Itaú Cultural homenageia Torquato Neto no dia 3 de novembro

O texto vai ao ar no dia 3 de novembro e dá contornos diversos à vida e obra de Neto, ao ouvir as memórias afetivas de George Mendes

No mês em que se completam 51 anos da morte do poeta piauiense Torquato Neto –um dos nomes proeminentes da Tropicália. O Itaú Cultural o homenageia em seu site www.itaucultural.org.br com uma matéria polifônica de autoria da jornalista do Núcleo de Comunicação do IC, Fernanda Castello Branco. 

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O texto vai ao ar no dia 3 de novembro e dá contornos diversos à vida e obra de Neto, ao ouvir as memórias afetivas de George Mendes, primo e detentor do acervo do tropicalista; o pesquisador e professor Feliciano José Bezerra Filho, autor do livro A escritura de Torquato Neto, lançado em 2004, e a mineira Patrícia Ahmaral, que lança o álbum Um poeta desfolha a bandeira, um tributo dedicado ele, com direção artística de Zeca Baleiro e participações especiais de Jards Macalé, entre outros.

Torquato é homenageado pelo Itaú Cultural - reprodução

Livro

Na esteira de homenagens ao multiartista, Mendes e Viriato Campelo, vice-reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), promovem programação na mesma instituição para marcar a efeméride de 10 de novembro. 

Na ocasião, será lançado o livro Torquato Neto – Arte inacabada, organizado por Mendes, Campelo e o poeta, jornalista, professor e documentarista Paulo José Cunha. 

Vanguarda

A obra conta com texto de Augusto de Campos definindo o artista como um dos nomes da poesia de vanguarda no Brasil e no mundo, além de contribuições do escritor Paulo Roberto Pires, do professor titular de história na UFPI Edwar Castelo Branco, do jornalista Claudio Leal e dos três organizadores, entre outros.

Homenagem traz um pouco do artista - reprodução

Menino

Mendes conta que sempre olhou para o poeta como  um menino olha um ídolo.

 “Ele era o primo famoso que vinha para Teresina e tinha a maior paciência com todos nós. Eu estava com 14 anos quando ele morreu e, como sempre me interessei muito pela sua obra, comecei a guardar as coisas dele que iam chegando às minhas mãos”, comenta.

A perspectiva sobre a dimensão do artista na matéria se abre ainda mais com os depoimentos do pesquisador e professor Feliciano José Bezerra Filho, autor do livro A escritura de Torquato Neto, lançado em 2004. 

Torquato assinava a coluna Geleia Geral - reprodução

“Também a jornada diária no jornalismo cultural, com a vibrante coluna Geleia geral; a militância orgânica no cinema experimental e outras trincheiras das produções vanguardistas e marginais do final dos anos de 1960 e início dos de 1970”, recorda ele. E mais: “Torquato foi um artista multimeios. Cineasta, poeta, compositor, jornalista. Ele era indomável e não se contentava com o já posto”, completa Bezerra também graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí, mestre e doutor em Comunicação e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e professor adjunto da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), além de cantor e compositor.


Contemporaneidade

A matéria agrega a voz da mineira Patrícia Ahmaral, que atualiza e traz para contemporaneidade as contribuições deixadas pelo poeta ao lançar um tributo inédito dedicado ao tropicalista, com direção artística de Zeca Baleiro, e participações especiais de Macalé, amigo e parceiro de Torquato, entre outros. 

A primeira parte de um álbum duplo, Um poeta desfolha a bandeira, chega às plataformas digitais no dia 10. Em janeiro de 2023, será lançado o segundo volume, A coisa mais linda que existe, dedicado às suas canções com letras de amor.