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Mulheres estressadas e com dificuldades para ter filhos; entenda problema feminino!

Pressão no trabalho e estresse interferem na saúde de forma geral e podem afetar o sistema reprodutiv

As situações desgastantes do cotidiano às quais as mulheres estão expostas diariamente como ansiedade, pressão no trabalho e estresse interferem na saúde de forma geral e podem afetar o sistema reprodutivo da mulher.

Além da busca pela realização profissional e o foco no trabalho serem condições que caminham na contramão dos sonho de ser mãe, ele pode contribuir com o diagnóstico um pouco tardio de patologias que prejudicam a fertilidade. Contudo, a psicóloga Iane Ibiapina é um exemplo de quem conseguiu vencer este obstáculo.

Quando decidiu que era hora de ter filhos, ela teve dois abortos espontâneos e através da situação ela descobriu ter um problema incomum que infligia sérias dificuldades às suas tentativas de ser mãe.

?Procurei ajuda médica e fui a uma especialista em reprodução humana, nos exames descobri que possuo SAF (Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídio), uma doença autoimune que prejudica a coagulação sanguínea e na gravidez e me coloca em risco de trombose placentária, levando a morte do feto ainda no útero?.

Somado aos fatores, ela destacou que a obesidade e a hipertensão também foram agravantes para a condição. Logo tomou as atitudes de deixar o emprego para cuidar da saúde, iniciando o tratamento adequado. ?Descobrir o diagnostico certo fez toda diferença?.

Consciente da situação e preparada para iniciar o tratamento, a psicóloga teve uma grata surpresa. Descobriu que estava grávida antes mesmo de seguir os primeiros passos do tratamento. ?Foi como um presente de Deus.

Então logo iniciei o pré-natal nas primeiras semanas, realizei todos os exames e iniciei um tratamento medicamentoso com anticoagulante e outros remédios.

Foi uma gravidez tranquila, sem sustos, mais sempre segui todas as recomendações médicas, tomei todo cuidado, priorizando sempre o bem-estar do meu bebê?.

Hoje, com um bebê saudável, Iane disse que passou a valorizar todos os momentos com ele. ?Adoro até os momentos não muito bons, como trocar fralda.

Aprendi também que quando estamos grávidas tudo muda e somos responsáveis pela saúde do bebê. Tudo o que fazemos nesse momento pode prejudicá-lo?.

Uma vida mais leve previne problemas com a fertilidade

O médico especialista em reprodução humana, André Luiz da Costa, destaca que as mulheres que planejam ser mães, precisam, acima de tudo, ter tempo para cuidar da sua saúde física e mental, se manter dentro do peso ideal, fazer exercícios físicos e adotar uma alimentação saudável, somado a isso, é preciso dedicar um tempo para viajar com os companheiros, sem internet ou celular.

Por questões relativas à vida cotidiana, as mulheres também têm adiado a gestação o que potencializa ainda mais os riscos de uma gestação pouco sucedida e complicações ao bebê.

"O risco de se esperar muito para ser mãe é não ter mais óvulos seus e ter que utilizar óvulos doados. Quanto ao útero, ele poderá ser preparado para receber os embriões até na menopausa, o problema são as doenças associadas que a mulher poderá adquirir e que poderão complicar sua gestação, como a diabetes, pressão alta e sobrepeso.

É indispensável que ela tenha acompanhamento multidisciplinar do seu obstetra e de um profissional especialista, seja ele o cardiologista, o hematologista ou o endocrinologista durante todo o pré-natal e pós-parto, assim como o nutricionista e o psicólogo", recomendou o médico.

Vencida a preocupação inicial que era a de engravidar, seja naturalmente ou por reprodução assistida, vêm as preocupações e os medos que permeiam a gestação.

De acordo com o Dr. André Luiz da Costa, com essa tensão maior ela poderá ter mais sintomas desagradáveis. "São as dores, náuseas, insônia, ela poderá comer demais ou não comer, também. Por isso, o acompanhamento psicológico se faz necessário antes e depois de engravidar".

A medicina também alerta os homens sobre os efeitos do estresse no sistema reprodutivo masculino. "Esta condição influencia através da piora na qualidade do sêmen e da própria potência sexual, podendo levar o homem a quadros de impotência sexual e/ou ejaculação precoce, para o que o tratamento na maioria das vezes é a psicoterapia", finaliza o especialista em reprodução humana.