A Suprema Corte do estado de Zug, na Suíça, ordenou nesta terça-feira que a Fifa revele os documentos do processo sobre a falência da ISL, empresa de marketing que manteve negócios com a entidade até 2001.
Segundo a rede de TV britânica BBC, a abertura do caso revelaria que o ex-presidente da Fifa, João Havelange, e o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, receberam propina em troca dos direitos de transmissão da Copa do Mundo.
O atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, já havia declarado que divulgaria os documentos no último dia 17 de dezembro, na reunião do comitê executivo da entidade, realizada no Japão. Entretanto, poucos dias antes da data, uma ação legal de uma terceira parte (não revelada) envolvida no escândalo forçou a decisão a ser adiada por tempo indeterminado.
A Fifa tem 30 dias para divulgar a documentação, mas ainda poderá utilizar este período para recorrer da decisão. Segundo a BBC, os envolvidos no caso ISL fizeram um acordo com a Justiça no início da década ao assumirem ter recebido propina e pagaram uma multa de cerca de US$ 6 milhões para que os nomes não fossem revelados.