Seis meses separam o capitão Ernesto Rosa, de “Velho Chico’’, do cafajeste sensação Alex, de “Verdades secretas’’ (2015). O tempo para despir-se do empresário obcecado por Angel (Camila Queiroz) é classificado como “prazeroso’’ por Rodrigo Lombardi.
— O grande feito de um personagem é o trabalho de se desconstruir. Depois que um papel acaba, existe um processo de desintoxicação, que, às vezes é prazeroso, e outras vezes é difícil, doloroso. No caso do Alex foi muito bom, porque mexia com uma energia que eu não gostava — explica o intérprete, que não pensou duas vezes em aceitar o convite para a atual novela das nove: — Com Luiz Fernando Carvalho (diretor) a gente não titubeia nunca e reza para ser chamado. Essa dobradinha dele com o Benedito Ruy Barbosa (autor) não dá para falar, não.
Com Capitão Rosa, Lombardi retorna ao rol dos homens de bem. Mais um para juntar a sua galeria, onde estão Raj, de “Caminho das Índias’’ (2009), e Theo, de “Salve Jorge’’ (2012). A reprise da novela de Gloria Perez no “Vale a pena ver de novo’’ traz conflitos.
— É um pouco deprimente me ver tão novinho, mas é gostoso. Vejo a novela e sinto cheiros. Tudo continua vivo em minha memória — diz.
Ser visto como o galã da atualidade não tira o seu sono e muito menos o envaidece.