Um grupo de manifestantes se reuniu em frente a sede da TV Globo, em São Paulo, para protestar contra a estreia do programa "Sexo e as Negas". Além de gritos de guerra, também chamou atenção uma pichação da fachada do local com a palavra "racista".
A movimentação foi gravada e um vídeo editado está circulando na internet. A iniciativa é do Levante Popular da Juventude e uma das representantes, Beatriz Lourenço, aparece nas imagens explicando as reivindicações do grupo.
"O movimento negro se representa sozinho. Não precisa um homem branco, rico, fazer um seriado sobre mulheres negras e pobres. Isso não faz o menor sentido", citou, em referência ao autor Miguel Falabella, também identificado como "Nazifascista da nova era".
A jovem, que é estudante de direito, revelou que não assistiu ao episódio de estreia da série e que viu apenas trechos na internet.
"A gente já previa que ia ter essa visão estereotipada do povo negro e pobre, mas me assustei muito mais. A Globo se aproveita de um estereótipo estabelecido e o reforça", disse ao jornal "Folha de S. Paulo".
Sobre a polêmica, a emissora disse que "a estreia do programa 'Sexo e as Negas' foi um sucesso de crítica e de audiência, e mostrou que boa parte da discussão prévia sobre seu conteúdo foi um equívoco de interpretação daqueles que se manifestam contra a sua realização".
E acrescentou: "Cabe ressaltar aqui que o nosso documento de Princípios e Valores prevê o respeito à diversidade e a repulsa ao preconceito, o que é praticado em toda a nossa programação".