Prestes a encerrar sua jornada como escritor de novelas - ele garantiu que ?Em Família? será a sua última -, Manoel Carlos disse que não sente a pressão por conta da baixa audiência de seu folhetim no horário nobre da Globo.
O autor avaliou seu trabalho como ?uma boa novela? e que as pessoas têm o direito de não gostarem. ?Se forem verdadeiros [dados divulgados recentemente], essa perda de 1,5 milhão de pessoas deve-se ao fato delas não gostarem da novela?, disse ao jornal ?O Dia?.
Aliás, sobre a audiência, ele acredita que a inclusão de alguns elementos de arte foi um dos motivos pelo qual sua obra não se tornou ?popular?. ?Afinal, uma novela que coloca, às 21h, Villa-Lobos, Chopin e Debussy, além de mostrar exposições de fotos, de artes plásticas e de teatro, não está aguardando um sucesso popular?, explicou.
E acrescentou: ?Mas quem viu a novela todas as noites sempre se beneficiou do que viu e do que ouviu. Isso é gratificante?.
Responsável pelo segundo beijo gay em novelas da Globo, Maneco garantiu que não teve restrições impostas pela emissora e também negou que boatos de que Jayme Monjardim teria se afastado das gravações por problemas de Ibope e que Gabriel Braga Nunes cause problemas no set.
?Acredite: desconheço qualquer problema com o Gabriel, um excelente ator e ótimo companheiro. Um profissional de primeira qualidade. Ele é discreto, sóbrio, não se manifesta festivamente. Talvez tenha sido visto como antipático. Ele não só não afetou o desenvolvimento da trama como ajudou muito a melhorá-la?, elogiou.
Ainda sobre a trama, o dramaturgo revelou que não sentiu uma rejeição do público para o casal Luiza (Bruna Marquezine) e Larte (Gabriel Braga Nunes). ?Muita gente gosta, aprova e me pede para deixá-los juntos no final. Os dois formam um lindo casal, com química?, disse.