A pedagoga Maria Verônica Aparecida Vieira, 25, de Taubaté (SP), está esperando quatro Marias para as próximas semanas, mas só descobriu que a gravidez era de quádruplos um mês atrás.
O primeiro ultrassom mostrou apenas dois bebês. Em outubro, "apareceu" mais um. Pelo tamanho da barriga, porém, a família já desconfiava que vinha mais criança por aí.
Na 34ª semana de gestação (a gravidez dura cerca de 40 semanas), a pedagoga precisa encomendar suas roupas, dorme "quase sentada" e tem dificuldade para andar.
E afirma que fica o tempo todo descalça porque, com os pés inchados, eles "não entram nem Havaianas". Até o momento, Maria Verônica diz ter engordado "apenas" 30 quilos.
Dona de uma escola infantil, ela e o metalúrgico Kleber Eduardo Vieira, 37, são pais de um menino de quatro anos, Kauê, e vivem um caso raro.
A probabilidade de uma mulher ficar grávida de quadrigêmeos univitelinos, sem tratamento, como neste caso, é de 1 para 658,5 mil, segundo o obstetra Helvio Bortolozzi Soares, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
De acordo com ele, a gestação é de alto risco porque pode provocar trombose e pré-eclâmpsia (aumento súbito na pressão arterial).
Em gestações múltiplas, diz o obstetra, o mais comum é que os bebês nasçam com baixo peso e prematuros, até a 33ª semana de gestação.
"Ela tem sorte, ultrapassou o limite de prematuridade", afirma Soares. "Se ela fizer um bom pré-natal, há chance de os quatro bebês nascerem saudáveis, mesmo com o peso menor que o normal."
CORES
A pedagoga diz que, durante as consultas semanais, não foi detectado nenhum problema com as filhas.
A cesárea deve ser feita por volta do dia 20. Até lá, ela conta com a ajuda financeira de conhecidos para fazer as compras necessárias.
Quando as Marias nascerem (Klara, Eduarda, Fernanda e Vitória), o casal pretende vestir cada uma com uma cor diferente para identificá-las.