O cantor Michael Jackson tomava mais de dez pílulas de um remédio contra o pânico toda noite, remédio que seus empregados conseguiam ou que ele mesmo pedia visitando médicos em diferentes estados, afirmou nesta sexta-feira (10) a rede CNN.
Em um documento confidencial datado em 2004 no escritório do xerife do condado de Santa Bárbara, onde se encontra o rancho Neverland, dois guardas de segurança de Michael comentaram com os agentes a suposta dependência do artista às chamadas pílulas Xanax. O testemunho das guarda-costas de Michael foi colhido por causa do julgamento por abusos a menores realizado contra o artista em 2005 e, embora as acusações tenham sido descartadas, essa declaração reafirma a teoria da dependência do cantor a remédios para dormir.
O Xanax é um produto para tratar dos ataques de pânico, segundo o site, para pacientes "com ou sem agorafobia" e com uma dose diária recomendada para tomar pelas manhãs, embora sempre sob supervisão de um médico. A Polícia de Los Angeles enviou citações aos médicos que trataram Michael durante sua vida para reconstruir seu histórico médico, determinante para conhecer o estado da saúde do artista.
Os pesquisadores requererão todos os relatórios, incluindo os radiológicos e psiquiátricos. Após a morte de Michael, os agentes expropriaram vários remédios da casa do cantor em Los Angeles, alguns dos quais seriam fortes calmantes. Os investigadores acreditam que a morte de Michael no dia 25 de junho pode ter sido por uma overdose acidental e não descartam que pudesse se tratar de um homicídio, apesar de se esperar os resultados toxicológicos da autópsia do rei do pop para tirar essas dúvidas.