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Militares feridos no Haiti chegam a São Paulo

No total, 16 homens foram trazidos do país afetado por terremoto

Um avião transportando 16 dos 25 militares brasileiros que segundo o Exército ficaram feridos em decorrência do terremoto que devastou o Haiti pousou na base aérea do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, pouco depois das 12h30 desta sexta-feira (15). Inicialmente, o Exército disse que 18 homens foram trazidos para o Brasil. Entretanto, o comando informou após o pouso da aeronave que dois dos militares que viriam neste voo decidiram ficar no Haiti.

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) saiu do país da América Central pouco antes das 6h desta manhã. De acordo com o Exército, os militares serão levados para o Hospital Militar, que fica no Cambuci, na capital paulista, onde ficarão em quarentena. Segundo o Exército, o procedimento é padrão quando os militares retornam do exterior, e dura normalmente uma semana.

Após deixar os feridos em São Paulo, o avião deve seguir para o Rio de Janeiro, onde vai ser abastecido com mais equipamentos, e parte às 17h para o Haiti, levando mais mantimentos, equipamentos e pessoal especializado em salvamentos para a ajuda humanitária às vítimas e para os militares das Forças de Paz.

Até agora, foram enviados seis aviões brasileiros para a capital do Haiti, Porto Príncipe. Oficialmente, o Exército brasileiro diz que 14 militares morreram no Haiti e quatro estão desaparecidos. Entretanto, o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim disse que é um eufemismo (uma maneira de suavizar a expressão) falar em sobreviventes neste momento. Portanto, o número de mortos chegaria a 18.

O terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti na última terça-feira (12) danificou ou destruiu grande parte dos hospitais e centros médicos da região da capital Porto Príncipe, fazendo com que o já precário sistema de saúde haitiano desmoronasse de vez.

A Cruz Vermelha do Haiti anunciou nesta quinta que estima entre 45 mil e 50 mil o número de mortos pelo terremoto que devastou o país na terça-feira. Segundo a entidade, há pelo menos três milhões de feridos ou desabrigados.