Larissa Costa era a mais votada no site do Miss Universo, a favorita nas bolsas de apostas e uma das candidatas mais assediadas nas Bahamas. Mas, ao contrário das expectativas, a Miss Brasil não ficou entre as quinze semifinalistas do mais importante concurso de beleza do mundo, o Miss Universo, que este ano aconteceu em Nassau, nas Bahmas. Desapontada, a potiguar falou ao EGO sobre a decepção de ter ficado de fora, apontou o vídeo que fez em inglês como uma das possíveis causas para sua eliminação e não escondeu o descontentamento com a vitória da Miss Venezuela. "Se eu fosse jurada, votaria na australiana. Ela tem uma beleza que me agrada mais, é mais natural. A Venezuela é uma fábrica de misses."
EGO - Como está a "ressaca" após o Miss Universo?
Larissa Costa - Eu dormi! Pela primeira vez em um mês, eu dormi! A gente dorme pouco aqui porque são muitas candidatas e tudo tem que fazer com antecedência. Acordava cinco e meia e ia dormir lá para uma hora da manhã.
Como foi quando você não ouviu seu nome entre as quinze semifinalistas?
Larissa Costa - Ah, foi ruim. Assim como todas as candidatas, você fica na expectativa de ter bons resultados. Ainda mais porque eu era a mais votada no site (oficial do Miss Universo) e tinha o assédio das pessoas.
As pessoas te abordavam?
Larissa Costa - Sim, muita gente com a bandeira do Brasil. Aí eu perguntava: "são brasileiros?". E eles diziam, "não, mas estamos torcendo para você, torcemos para o Brasil, para o Ronaldo, para o Kaká".
Outros diziam, "se Bahamas não entrar, vamos torcer por você". Então, você achava estar dentro?
Larissa Costa - Achei pela repercussão que estava tendo. Por eu estar trabalhando direito. Corria também um boato por aqui que eu era uma das quinze semifinalistas, mas não deu.
Os jurados escolhem dez e o Donald Trump escolhe mais cinco. Então não sei o que aconteceu... O que faltou para você ser escolhida?
Larissa Costa - A beleza delas agradou mais que a minha. É normal em um concurso que reúne belezas do mundo inteiro.
Tem alguma coisa que você se arrepende? Que faria diferente?
Larissa Costa - Eu dei uma entrevista em inglês, mas não falo inglês fluente. Eu tentei falar, porque disseram que não teria tradução. Entendia as questões, mas, no nervosismo, não conseguia formar frases. Algumas pessoas poderiam dizer que isso foi uma coisa que me prejudicou. Mas a Miss Venezuela não fala inglês.
Você achou justa a vitória da Miss Venezuela (Stefania Fernández)?
Larissa Costa - Se eu fosse jurada, votaria na australiana. Ela tem uma beleza que me agrada mais, é mais natural. A Venezuela é uma fábrica de misses.
Você não concorda com as plásticas?
Larissa Costa - Isso não tira a beleza delas, mas prefiro uma coisa mais natural. É o tipo de modelo que não sou. Uma coisa artificial, sempre fingindo um personagem.
Como assim?
Larissa Costa - A venezuelana e a dominicana (Ada Aimee de la Cruz, vice-campeã) passavam o tempo todo sorrindo. Quando o Donald Trump (idealizador do concurso) aparecia, elas corriam na frente.
Do tipo puxa-saco?
Larissa Costa - Sim, aquela pessoa que sempre está bem, sempre sorrindo. Um ser humano normal nao é assim. Todas as candidatas têm seu dia ruim.
Você viu alguma outra injustiça? Alguma outra Miss que ficou de fora das semifinalistas?
Larissa Costa - Ah, a Colômbia, a mexicana... Amanhã você volta para o Brasil. Como fica sua vida agora? Larissa Costa - Vou continuar com a agenda de miss Brasil. Infelizmente não obtive um bom resultado. Mas sou Miss Brasil com muito orgulho de representar meu país.