Até que ponto a espiritualidade pode ser algo sensual? Pesquisadores da Universidade de Kentucky foram tentar ver o quanto a esse fator pode afetar a vida sexual de uma pessoa adulta e chegaram à conclusão que especialmente para mulheres tem um efeito maior que religião, impulsividade e álcool.
Muitas pesquisas já haviam sido feitas antes em torno de religiosidade e sexo, mas esta é a primeira vez que as qualidades da espiritualidade (mais do que religião em si) foram estudadas, a saber conectividade, universalidade e satisfação através da oração. O que acontece é que o relatório final chegou á conclusão de que a conectividade com outros seres humanos é o principal motivo que leva as mulheres a mais sexo com mais parceiros, em muitos casos sem preservativos.
Uma das pesquisadoras, Jessica Burris, explica que acreditando que se está intimamente ligado a outros seres humanos e que a interconectividade e harmonia são indispensáveis, pode levar uma pessoa a acreditar que a intimidade sexual é uma qualidade divina ou transcedental. E complementa: "atribuir qualidades sagradas ao sexo foi positivamente associado a reações afetivas em relação a ele, à frequencia de sexo e o número de parceiros nas universitárias entrevistadas".
Entre os homens entrevistados, porém, o resultado foi completamente diferente. Os mais espiritualizados foram aqueles com menor frequência sexual, e os pesquisadores acreditam que para o público masculino sexo não está relacionado com espiritualidade já que não é necessariamente uma porta para a intimidade e sim prazer. O estudo foi feito com 353 estudantes (65% mulheres), que responderam a perguntas sobre vida sexual, religiosidade, uso de álcool e impulsividade.