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Stelmann: "Não vou ser infeliz só para dizer que estou casada"

“Príncipe encantado não existe mais, nem na Disney”, diz a atriz.

Ver Nivea Stelmann no palco interpretando a submissa Ângela, que chega a virar uma gueixa para tentar salvar seu casamento na comédia "Batalha de Arroz Num Ringue Pra Dois", dá uma idéia do poder de transformação da atriz. Aos 38 anos, Nivea é quase o oposto perfeito da personagem, e deixa isso bem claro durante entrevista para QUEM, no camarim do teatro das Artes, em São Paulo, onde está em cartaz.

Franca, a atriz é do tipo que não foge de nenhum pergunta, e não se prende à respostas padrões, seja para assuntos mais sérios, como traição e casamento, ou para os mais comuns, como o segredo da boa forma aos 38 anos. "Gente, por favor, segredo de beleza é malhar, comer bem, dormir bem, não fumar e não beber! Acontece que nem tudo tem vontade de seguir isso, ficam querendo dicas mirabolantes. Eu faço tudo isso. Está a fim?", comenta. Confira abaixo os melhores trechos da entrevista:

O espetáculo

"Minha personagem, a Ângela, é muito engraçada, ela tem um pouco de todas as mulheres. Quando a gente casa, passa por várias fases, como a do ciúme, de estar mais egoísta, de tentar reconquistar o casamento. Esse texto é de 1982, mas é atemporal. Não é comédia pastelão, para se rasgar de rir, é uma comédia inteligente, quem conseguir captar vai se divertir".

Casamento

"Não tenho nenhuma vontade de casar de novo, nem fazendo a peça sobre casamento. Mas não tem nada a ver uma coisa com a outra, a questão é que estou feliz do jeito que estou. Lógico que eu também não quero dizer pra você que nunca mais vou casar, que me fechei para o amor, porque não é isso também. Quero viver intensamente minha vida, mas sem planos. Como não estou namorando ninguém, não passa nem pela minha cabeça casar".

"O defunto está morto, enterrado"

"O livro sobre relacionamentos que estou escrevendo com a Lua Veiga é incrível, deve sair no segundo semestre. Não fala absolutamente sobre defunto nenhum, quero deixar bem claro isso. Por favor, não ponha nome de defunto na matéria, acabou, acabou. Quem quiser saber da minha vida amorosa que procure no Google. Eu não falo o nome de ninguém no livro, mas obviamente é inspirado sim na minha vida, e na da Lua. É um desabafo, uma coisa divertida, é para falar de dedo podre, porque todo mundo já teve um na vida, todo mundo já sofreu por amor, já deu um pé na bunda ou levou, já chifrou ou foi chifrada, não vamos ser hipócritas".

"Tive um dedo podre na vida, um caso isolado"

"Acho que eu tive na verdade um dedo podre na minha vida. Porque eu sou amiga de todos os meus ex. O Mário Frias, pai do meu filho, é meu melhor amigo. Não tem um namorado meu, tirando um - não precisa citar nomes, porque só de você escrever todo mundo vai saber de quem é - que eu me dou bem. Com esse, não me dou por motivos óbvios. De resto, me dou com todos. Para você ver o grau de elevação espiritual que eu tenho, eu procuro na minha vida estar bem com todo mundo. Só que tem gente que passa dos limites. E aí, com mau caráter você não pode responder, só se responde pelo seu caráter. Esse dedo podre foi um caso isolado".

"Quem fica pelada no borracheiro sou eu"

"Sigo namorando com a Playboy. Vou fazer 18 anos de Globo, estou namorando a Playboy há 16 anos, talvez seja meu relacionamento mais longo. Eu fiz os cálculos. Quanto eu quero que sobre para mim? Tanto. Botei 20% em cima do empresário, não sei quantos por cento em cima do imposto de renda, porque todos estes recebem, mas quem fica pelada no borracheiro sou eu. Então, quem tem que ganhar com isso sou eu. Se eles quiserem pagar, farei com o maior prazer, porque meu corpo está em dia. Senão, não me faz falta. É uma questão financeira, não de vaidade. Eu sei que estou inteira, tenho simancol. Se eu chegar aos 40, 42, e ver que caiu tudo, eu vou ser a primeira a dizer que não vou fazer".