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No dia da mentira, Pânico estreia em casa nova e mostra que faz sucesso no país inteiro

“Pânico” estreia na Band e mostra que faz sucesso de verdade.

Parece piada pronta, mas é verdade. Em pleno dia da mentira, a trupe do ?Pânico? estreia na Band com mais vontade de pregar peça nos outros do que nunca. E não são os nove anos no ar que os deixam tranquilos para o batismo de domingo à noite, na nova emissora.

?Nossa ida para a Band deu uma apimentada em todo mundo. Toda mudança dá um frio na barriga. É como quando você entra na faculdade, em outro colégio e sente aquele nervosinho?, compara a apresentadora Sabrina Sato.

No programa desde 2003, a Japa está tão animada para a estreia que esnobou propostas de concorrentes e nem pensa em deixar a ?família Pânico?. ?Já tive vários convites, propostas. Mas não me iludo. Gosto muito do que faço. Para que eu sairia do ?Pânico???, questiona.



Preparando matérias em série, ela está com uma agenda de gravação enlouquecedora. Hoje, Sabrina tem que se desdobrar para atender aos fãs, gravar campanhas publicitárias, fazer o programa e dar atenção a seu namorado, o deputado Fábio Faria.

?Ele me conheceu assim, sabe como eu sou. Namorar comigo tem o ônus e o bônus, que é muito amor?, avisa Sabrina. ?Procuro conciliar o tempo para ficar mais com o Fábio. Mas ele não tem ciúme. Assiste aos programas todos os domingos, imita os personagens e tudo?, emenda a bonitona.

Para esse ano, suas reportagens não terão mudanças drásticas ? ?Não podemos perder a essência?, avisa a japa. E, por enquanto, nada de Congresso em Brasília, como nos tempos de ?RedeTV!?. Mas isso deve ser por pouco tempo. ?Tem eleição este ano, né? Mas, logo de início, vou fazer mais matérias voltadas para o lado social, de humor mesmo. Também tem uns quadros em formato de reality?, adianta a apresentadora.

E são nessas reportagens que a galera do ?Pânico? consegue se envolver em polêmicas. Não é porque estão de casa nova que não vão procurar sarna para se coçar. ?O ?Pânico? é movido à polêmica. Quem não se lembra dos seis dedos da Daniella Cicarelli??, brinca o diretor do programa Alan Rapp.

No mesmo tom das piadas com a ex de Ronaldo, eles acumulam processos de Luana Piovani, Preta Gil e Carolina Dieckmann, além do soco do cantor Netinho em Vesgo. ?Hoje em dia, na televisão, todo mundo está sujeito a processo. Isso faz parte. Você aborda uma pessoa na porta de uma festa e talvez ela não entenda a intenção?, simplifica o apresentador Emílio Surita.

Outra brincadeira que não deu certo foi com as ?Tchecas do Brasil?. Acostumado a tirar sarro dos outros, Emílio teve que controlar uma crise interna quando o feitiço virou contra o feiticeiro e as gringas ? que nem tchecas eram ?, usaram o programa para uma campanha publicitária de uma cerveja concorrente à patrocinadora do ?Pânico?. Na época, muita gente achou que era jogada de marketing.

?Quando a gente quer fazer alguma coisa diferente, você acaba cometendo alguns erros. A gente acreditou em rede social e acabou acontecendo aquilo lá. Muita gente nos acusou (de marketing), mas foi uma surpresa?, garante Emílio. Às vezes, a crise é interna e todo mundo fica proibido de falar. Foi assim quando foram reveladas as baixarias entre as ex-panicats Nicole Bahls e Juju Salimeni.

No fim, elas acabaram demitidas e novas gostosonas foram contratadas. ?Ficou um ambiente ruim. Preferimos assim para não contaminar todo mundo?, explica o apresentador do programa, que não vê nada de apelativo em colocar meninas rebolando apenas de biquíni na TV. ?Elas participam dos quadros. Não vejo nada demais nisso. Todo mundo gosta de mulher bonita?, emenda.

Polêmicas à parte, o ?Pânico? também ditou muita moda e, algumas vezes, garantiu o primeiro lugar da audiência. ?Com a Gorete, ficamos na frente da Globo por mais de 40 minutos. Queríamos deixá-la igual a Gisele Bündchen?, lembra Sabrina. As investidas do Impostor também renderam bons números e o personagem promete repetir a fórmula na Band. No programa de hoje, por exemplo, Daniel Zukerman se disfarça de segurança de um aeroporto nos Estados Unidos e conversa com Brad Pitt e Paris Hilton.

Na época da ?Dança do Siri?, Vesgo e Sílvio também convocaram uma massa para ?vazar? nos vídeos de outras emissoras fazendo os passinhos. No fim, até Galvão Bueno entrou na onda. Mas de onde vem tanta inspiração? ?Tudo é referência para a gente: o humor surreal do Monty Python, o Jackass, até as pegadinhas, passando por Chaves e os Trapalhões?, explica Emílio.

Com a mudança do ?Pânico? da RedeTV! para a Band, vem novidade por aí. ?Vamos continuar no formato de arena e com aquele jeito do ?Pânico?. Não queremos mudar muito porque não pode ser um programa diferente do que o público está acostumado?, avisa o apresentador Emílio Surita.

Mas o que, de fato, vai mudar? Além das novas panicats, guardadas a sete chaves e que serão apresentadas só hoje à noite, outros quadros surgirão. Para comentar o que bomba na Internet foi criado o ?Facetruque?. Promessa na casa antiga, enfim, Vesgo e Bolinha vão cair na porrada. Dentro de um ringue, eles vão fazer a tão esperada luta do século. O programa vai mostrar a preparação de cada um deles.

Com o fim do Jô Suado, Carioca vai interpretar uma paródia do apresentador Bóris Casoy. ?Já ia fazer na RedeTV!. Vai ser muito melhor agora na Band?, antecipa o comediante. Edu Sterblitch (que também faz Freddie Mercury Prateado) vai estender uma canga na praia para participar das filmagens do ?Prainha Gente Fina?, uma espécie de férias da Sabrina. ?É tipo um ?Zorra Total?, só que bom, dentro da praia?, conta o ator. Além da praia, a japa também vai fazer matérias no Congresso Nacional.

Outra novidade é a estreia de Guilherme Santana com a paródia de William Bonner e de Otávio Mesquita, que será o Otário Mesquita. Bola (Marcos Quieza) vai comandar o ?Maior Arregão do Mundo?, repetindo a fórmula de agredir os companheiros. ?Aqui só tem arregão. O pior é o Edu, sem dúvida?, brinca Bola. De novo, também haverá o quadro com o super-herói Homem-Pássaro, que acredita que voa e invade lugares públicos, assustando o público.