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No primeiro dia de desfiles na Sapucaí, tem ode à favela e “Parada Gay” no Rio de Janeiro; fotos

Com enredos originais e até inovações das escolas, a Marquês de Sapucaí viu muita coisa

O Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro reservou diversas surpresas ao público na avenida, na primeira noite de desfiles. Com enredos originais e até inovações das escolas, a Marquês de Sapucaí viu levitação de uma integrante em um carro alegórico do Salgueiro e homem-bala sendo disparado de canhão, cantou com as grandes campeãs que cruzaram a passarela do samba e viu, também, um problema com uma alegoria da Mangueira.

A verde e rosa celebrou as festas populares do Brasil e encerrou seu desfile exaltando a diversidade com a menção à Parada do Orgulho Gay, mas acabou danificando o topo de um carro alegórico, que entalou diante de uma torre de transmissão televisiva. Outro tema que chamou a atenção na Sapucaí foi da São Clemente, que contou a história das favelas no território nacional.

Império da Tijuca

​​Campeã da Série A de 2013, a escola contou a história dos instrumentos de percussão surgidos em terras africanas. A Império da Tijuca mostrou que foi com a chegada dos escravos africanos ao Brasil que o batuque se tornou conhecido por aqui. Também foram lembradas atividades às quais o batuque está fortemente ligado: religiosidade, capoeira, dança do fogo, congada, folia de reis, bumba meu boi, frevo e maracatu.

Grande Rio

A escola exibiu um enredo com a história do município de Maricá sob os olhos da cantora paulista Maysa, que na década de 1970 se refugiou no litoral fluminense. O desfile teve direito até a homem-bala na avenida, além da atriz Christiane Torloni como rainha da bateria e da lenda do lobisomem contada pelos foliões. Em 2014, Maricá, na região dos Grandes Lagos, completa 200 anos.

São Clemente

O enredo ?Favela? foi uma ode às comunidades, mencionando diversas características das pessoas que lá moram. A escola retornou à Guerra de Canudos, no sertão da Bahia no final do século XIX, para contar a origem do termo e discorreu sobre características marcantes do população. A São Clemente deu espaço a outros estilos musicais, como o rap e o funk ? até cantores de funk, como a MC Marcelly, do sucesso Bigode Grosso, foram homenageados em um carro alegórico.

Mangueira

A Marquês de Sapucaí virou um salão para as principais festas populares da cultura brasileira. A Estação Primeira de Mangueira colocou na avenida um enredo para celebrar não apenas o Carnaval, mas todas as comemorações de rua de norte a sul pelo território nacional ? de celebrações religiosas, como as oferendas a Iemanjá, à Parada do Orgulho Gay. Um dos carros alegóricos entalou em uma torre do sambódromo e acabou se danificando, o que pode prejudicar a agremiação na apuração das notas.

Salgueiro

A ideia da escola era recontar a relação do ser humano com o planeta Terra no enredo ?Gaia ? A vida em nossas mãos?, desde os mitos da criação até o futuro da civilização, mas a grande atração da Acadêmicos de Salgueiro ficou por conta da primeira alegoria. Uma componente da escola levitou na avenida, flutuando sobre uma representação do globo terrestre. A escola deixou a Sapucaí sob os gritos de ?é campeão?, entoados pelos próprios integrantes da agremiação.

Beija-Flor

Última escola de samba da primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, a Beija-Flor de Nilópolis colocou na avenida uma homenagem a José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor geral da TV Globo. "O astro iluminado da comunicação brasileira? foi o título do enredo, que se misturou com a história da comunicação e que teve a presença de vários atores e apresentadores globais, como Fausto Silva, Renato Aragão, Léo Batista, Toni Ramos, Antônio Fagundes e Angélica.