Entretenimento

Nos jornais: Rio tem 18 favelas que cresceram sobre lixões

Com mais dois corpos resgatados ontem no Morro do Bumba, o número total de mortos pelas últimas chuvas no estado chega a 214.

Um levantamento preliminar feito por pesquisadores revela que o Rio tem hoje pelo menos oito bairros e 18 favelas que cresceram sobre lixões, exatamente como o Morro do Bumba, onde uma avalanche soterrou cerca de 50 casas na quarta-feira. Segundo registros históricos, houve aterros sanitários públicos onde hoje estão os bairros de São Cristóvão, Caju, Gamboa, Saúde, Santo Cristo, Cidade Nova, Ilha do Fundão e Manguinhos. O secretário de Ciência e Tecnologia, Luiz Edmundo da Costa Leite, pediu ao reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, o mapeamento da situação no estado, onde se estima que haja mais de 200 aterros sanitários inadequados, que foram abandonados ao longo dos anos sem qualquer controle. Com mais dois corpos resgatados ontem no Morro do Bumba, o número total de mortos pelas últimas chuvas no estado chega a 214.

Serra: ?Tema da eleição é o futuro?

Em entrevista ao GLOBO pouco antes de lançar sua candidatura à Presidência da República com uma grande festa para cerca de três mil pessoas, em Brasília, o ex-governador José Serra disse que a eleição de 2010 será uma escolha do melhor candidato para comandar o país no futuro, e não uma comparação entre governos passados. ?O tema da eleição é o futuro. Lula não é candidato, nem FH?, disse ele.

Merval Pereira: captando sinais

O presidente Lula, velho conhecedor das campanhas eleitorais, deve ter colocado o ouvido no chão e captado sinais que escapam aos comuns dos mortais para se comportar da maneira errática dos últimos dias, sem o menor pudor de afrontar a Justiça Eleitoral ou de anunciar que estará por trás da candidata oficial Dilma Roussef ?puxando as cordinhas? como se faz com as marionetes.

Há também nessa mudança de atitudes de Lula a admissão de que a estratrégia da oposição está dando resultados. O governo quer porque quer que a oposição assuma ser ?anti-Lula?, enquanto a oposiçãoi vai se colocando para o eleitorado como uma opção ?pós-Lula?, como defendia o governador de Minas Aécio Neves.

Trincheira feminina contra Chávez

Uma juíza presa, uma atriz, uma advogada e a mulher de um exilado formam um quarteto que incomoda o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, conta Mariana Timóteo da Costa.

Acidente mata presidente da Polônia

A queda do avião em que viajava a comitiva oficial para uma cerimônia na Rússia matou o presidente da Polônia, Lech Kaczynki, e todas as outras 95 pessoas a bordo no momento da aterrissagem.

Folha de S. Paulo

Serra acusa PT de dividir o país e cultuar impunidade

José Serra fez ontem, no ato de lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PSDB, um discurso destinado a carimbar no PT e em sua adversária Dilma Rousseff o rótulo de sectarismo, intolerância e culto à impunidade. Sem citar o nome dela nem o do presidente Lula, o tucano acusou o governo petista de tentar "dividir o Brasil" entre pobres e ricos. "É deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil. Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma nação", discursou Serra, que só concluiu a redação de seu discurso na madrugada de ontem.

Janio de Freitas: O descontrole

A AGRESSIVIDADE de Lula nos últimos dias é um sinal que cada um de nós pode interpretar como quiser, mas o cerco que o acomete, feito de contrariedades e desafios à sua soberba, é invariável. E, inconclusos, todos prometem desdobramentos ainda mais agitadores dos ânimos presidenciais.

O insulto de Lula aos ministros do Tribunal de Contas da União, acusados de "leviandade" por concluírem que Geddel Vieira Lima destinou à Bahia 65% das verbas de prevenção a calamidades, revela a responsabilidade maior do próprio Lula, no caso.

Aécio afirma que estará "ao lado" de Serra

Atrasado em mais de duas horas, o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido no lançamento da candidatura presidencial de José Serra aos gritos de "vice, vice, vice" da plateia. Em seu discurso, que antecedeu o de Serra, disse que estará "ao lado" do presidenciável. "A partir de Minas estarei ao seu lado, governador José Serra, onde quer que eu seja convocado", disse Aécio.

Dilma e Lula rebatem ataque em ato paralelo em São Bernardo

Em evento marcado de última hora pelo PT para se contrapor ao lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB), o presidente Lula e adversária do tucano Dilma Rousseff (PT) fizeram ataques duros à oposição, com críticas diretas a Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Lula, que chegou quando o ato em São Bernardo do Campo já estava em andamento havia uma hora, mostrou estar a par do que se passava em Brasília.

Marina Silva aposta em voluntários

No dia em que foi oficializada a disputa entre José Serra (PSDB) versus Dilma Rousseff (PT), que deve atrair as principais atenções eleitorais, a pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva, disse que pretende se contrapor a isso contando com uma rede de voluntários.

Com pouco tempo de TV e com uma estrutura partidária bastante pequena, a senadora disse que já conta com rede de apoiadores de 15 mil pessoas para utilizar as novas mídias e os contatos sociais para divulgar seu programa e multiplicar essa rede.

Candidatos priorizam eleitorado feminino

Sob um calor lancinante, a ministra Dilma Rousseff (PT) abraça uma soldadora e recebe, ao inaugurar uma termelétrica, um presente feito por mulheres trabalhadoras da Petrobras. A seguir, Lula discursa: "Para as mulheres não basta apenas ser a maioria numérica deste país.

As mulheres querem ocupar mais espaço, participar da política. Já não querem mais ser tratadas como objeto de segundo grau (...), de cama e mesa".

A pior coisa é você parecer o que não é; tenho uma cara só

ENTRE as reminiscências de infância do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, 68 anos recém-completados, aparecem imagens de caldeiras industriais do bairro paulistano da Mooca, a banca de frutas que o pai, Francesco, tinha no Mercado Municipal, a fila do pão na época da guerra e o futebol na rua com os amigos. "Nasci e cresci num bairro operário", faz questão de pontuar. No entanto, reconhece, não é visto como um político "popular", de trajetória humilde. Ainda assim, prefere não investir numa mudança de tom. "Não fico me programando muito porque a pior coisa é querer ser o que você não é. Tenho que ser como sou. Prefiro ter uma cara só."

No governo, tucano multiplicou receita, obras e propaganda

Herdeiro de um sistema penitenciário conflagrado e de uma piora nos resultados da educação, José Serra preferiu escolher como prioridade administrativa e publicitária de seu governo em São Paulo a mesma agenda adotada pelo Palácio do Planalto -a ampliação das obras públicas de infraestrutura.

Levantamento feito pela Folha nas contas do Estado dos últimos dez anos aponta que o volume de R$ 10,3 bilhões em investimentos de 2009, de longe o maior do período, beira o triplo dos R$ 3,5 bilhões do último ano da gestão de Geraldo Alckmin, que, como seu sucessor faz agora, então se lançava candidato à Presidência.

Fissura em rocha provocou deslizamento

Duas fissuras na rocha, no alto do morro do Bumba, serviram de "gatilho" para o grande deslizamento de terra que soterrou centenas de pessoas. A conclusão é de estudo de geógrafos da PUC-Rio, feito a pedido do DRM (Departamento de Recursos Minerais do Rio).

Os pesquisadores trabalharam no local durante todo o dia de sexta-feira e, ao contrário do que se imaginava inicialmente, a causa do deslizamento não foi uma explosão de gás metano, acumulado no local onde funcionava um antigo lixão.

Quilombo ganha ponte, mas espera estrada

A construção de uma ponte sobre o rio Ribeira de Iguape (interior de São Paulo), prometida por Lula a uma comunidade quilombola quando ainda era candidato a presidente, foi concluída há quatro meses ao custo de R$ 6,7 milhões. Mas a ponte, pronta, não pode ser usada: as estradas de acesso a ela não foram construídas.

Um desnível de cerca de 1,5 metro separa a estrutura de suas duas cabeceiras. Sem a ponte, as 98 famílias que moram no quilombo Ivaporunduva, em Eldorado (250 km de SP), continuam tendo que utilizar a balsa para escoar sua produção de bananas -como vêm fazendo há mais de 15 anos.

Efeito "jovem viúva" surpreende o INSS

O casamento entre mulheres jovens e trabalhadores mais velhos ou já aposentados passou a ser um dos nós da Previdência Social brasileira, que hoje concede por ano 30 mil pensões para beneficiários de casamentos em que a diferença de idade era superior a dez anos, conforme dados obtidos pela Folha.

Segundo o Ministério da Previdência, atualmente 605 viúvas de 15 a 19 anos recebem pensão por morte. Os números levantam a suspeita de que podem estar ocorrendo casamentos forjados para assegurar às famílias a manutenção do benefício após a morte do aposentado.

China, desta vez, acena com acordo concreto

A segunda visita oficial do presidente da China, Hu Jintao, que chega na quarta-feira ao Brasil, quer desmentir a ideia de relação colonial em que o Brasil só vende matérias-primas e a China entra com os produtos industrializados.

O governo brasileiro espera que durante a visita, paralela à cúpula dos Brics, a parceria se incremente, com o anúncio de mais investimentos chineses no país, além de empréstimos patrocinados pelo Banco Chinês de Desenvolvimento, o BNDES da potência oriental.

Correio Braziliense

Apoio a partir de Minas

Ao som de gritos de ?vice, vice?, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) sustentou que estará ao lado de José Serra ?a partir das montanhas de Minas para onde seja convocado?. Disposto a acabar com ruídos sobre seu engajamento na campanha do ex-governador paulista, Aécio convidou o pré-candidato a começar a ?peregrinação? por Minas. Serra topou.

Serra parte para cima dos petistas

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, deflagrou a campanha com uma série de ataques diretos ao governo federal, ao PT e à pré-candidata Dilma Rousseff sem citá-los uma só vez. Sob o slogan ?O Brasil pode mais? ? repetido por 10 vezes durante a fala de uma hora do candidato ?, Serra usou frases do tipo ?o país não tem dono?, ?não aceito o raciocínio do nós contra eles?, e frisou que ?o governo deve servir ao povo, não a partidos e a corporações que não representam o interesse público?. Foi incisivo na tentativa de derrubar todas as tarjas que os petistas tratam de jogar sobre ele: ?De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres. Eu quero todos, lado a lado, na solidariedade necessária à construção de um país que seja realmente de todos?.

Contra-ataque do PT no interior paulista

São Bernardo do Campo ? Em um evento para contrapor o lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) ? também postulante ao Palácio do Planalto ? aproveitou para alfinetar o discurso do tucano em São Bernardo do Campo (SP), cidade berço do sindicalismo nacional. Ao se referir a Serra, que lançou o slogan ?o Brasil pode mais?, Dilma disse que ?o Brasil pode mais porque nós pudemos mais?. E ainda chamou os rivais de ?viúvos da estagnação?.

Funasa, alvo constante da Polícia Federal

Em seis anos, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se tornou um dos alvos principais das operações da Polícia Federal. No período, pelo menos 15 ações foram realizadas sempre com o mesmo motivo: apurar o desvio de recursos na instituição. Dominada por políticos há mais de uma década, pelo fato de movimentar verbas públicas em várias áreas ? desde obras de saneamento básico até a saúde indígena ? e em quantias vultuosas, a fundação sofreu, só no ano passado, quatro investidas da Polícia Federal e teve alguns de seus dirigentes regionais presos.

Apoios em fase de negociação

O governador em exercício, Wilson Lima (PR), chega forte na semana que antecede a eleição indireta como qualquer chefe do Executivo que disputa a reeleição. E com uma vantagem: a confirmação de sua permanência no mandato-tampão abre novo espaço de poder que seduz justamente o seu colégio eleitoral. O comando da Câmara Legislativa, sob a gestão temporária do petista Cabo Patrício desde que Lima deixou a presidência para assumir o Palácio do Buriti, está na mesa de negociação. Se Lima virar governador de fato, os deputados distritais deverão eleger um novo presidente e um novo vice para a Casa.

Na linha de frente

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC) não mediu as palavras ao afirmar ontem, durante a reinauguração de seu escritório político, no Setor Indústria e Abastecimento, que é candidato ao governo do Distrito Federal. ?Sou sim candidato. É possível que eu seja multado por dizer isso, mas entrarei na fila para pagar a multa?, disse, confirmando a intenção de concorrer ao governo do DF nas eleições de 3 de outubro.

Ato de amor pela cidade

O legado e a memória do artista plástico Athos Bulcão dependem de Brasília. Campanha lançada pela Fundação Athos Bulcão (Fundathos) reforçou a busca por recursos para a construção da nova sede da entidade. Até dia 21 próximo, data de comemoração dos 50 anos da capital do Brasil, quem quiser ajudar na arrecadação dos R$ 4 milhões necessários para as obras pode recorrer a um serviço de 0500 (leia quadro). As doações por telefone são de R$ 2, R$ 15 e R$ 30. Mas não há limites de valores por meio de internet ou transferência bancária.

A fome insaciável da Receita

O Brasil deve receber, em quatro anos, 15,1 milhões de novos contribuintes. O número representa a maior evolução no quadro de declarantes do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) dos últimos dez anos. Também deixa antever um aumento expressivo da arrecadação, embora com um peso menor para cada indivíduo proporcionalmente. Hoje, o recolhimento é feito por menos de um quinto da população e a carga tributária já se aproxima de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas geradas no país. Até 2014, o número de pessoas que de fato pagam o imposto deve dobrar, levando-se em conta apenas os trabalhadores que serão incorporados às classes A e B no período, o topo da pirâmide social.

Projetos melhoram a lei

Dois novos projetos de lei pretendem aprimorar as atuais regras dos concursos públicos. O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) protocolou, na semana passada, o Projeto de Lei nº 74, de 2010, reunindo legislações existentes e criando punições para fraudes e irregularidades. A proposta do deputado federal Felipe Maia (DEM-RN), o Projeto de Lei nº 7.054, de 2010, torna obrigatória a divulgação do cronograma de etapas e resultados.

As iniciativas atendem às expectativas de pelo menos 10 milhões de pessoas ligadas diretamente às seleções públicas, segundo estimativa do Movimento pela Moralização dos Concursos (MMC). A entidade, coordenada pelo professor José Wilson Granjeiro, entregou o texto que deu origem ao projeto de Perillo no fim de 2009, após longa discussão com candidatos, juristas e empresários do ramo. ?Não são determinações de cima para baixo?, diz Granjeiro.

Estado de S. Paulo

Serra defende união e diz que Brasil não tem dono

O ex-governador José Serra (PSDB) lançou ontem em Brasília sua pré-candidatura à Presidência, apresentando-se como nome do ?pós-Lula? e prometendo trabalhar pela união do País. No discurso, ele afirmou que o Brasil ?não tem dono? e ?pode mais?, espécie de slogan já usado no discurso de despedida do governo de São Paulo. ?De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres?, disse Serra. ?É deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil.? Antes, discursou o ex-governador mineiro Aécio Neves, interrompido por gritos de ?vice, vice?. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso destacou o ?desrespeito à lei?, numa referência às multas aplicadas ao presidente Lula pela Justiça Eleitoral.

?Mercados são míopes?, diz chefe do BNDES

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, diz, em entrevista ao ESTADO, que os ?mercados são míopes? e estão equivocados ao elevar as estimativas de inflação, porque não há gargalo de oferta na economia brasileira. Para ele, os investimentos vão subir 18% este ano.