"Nunca pensei que iria chegar aos 50 anos tão animado, disposto, com energia e, mais do que tudo, com curiosidade", disse o jornalista Zeca Camargo, que lançou o livro digital "50, Eu?", nesta sexta-feira (6), na Bienal do Livro no Rio.
Até abril de 2014, quando Zeca completará 51, a sua meta é viajar para Madagascar, Galápagos e Miamar. "Queria ter chegado aos 50 anos conhecendo 100 países. Conheço 97, acho que vou para Madagascar até o final do ano. Não fui ainda para o Equador, queria ir pra Galápagos, e fechar o 100° país no Sudeste Asiático", contou.
"Eu nunca tive problema com idade, nunca escondi. Não me dá nenhuma aflição, eu penso que ainda tem tanto pela frente. Quando a gente fala meio século a barra pesa, mas digo que o pior mesmo são os 30 anos. Ruim é perceber que ficou adulto", brincou.
Zeca Camargo conversou com o UOL minutos antes de seguir para sua sessão de autógrafos de seu sexto livro. Este, no entanto, está sendo lançado apenas em formato digital pela incubadora digital e-galáxia.
"Vou ser cobaia. O livro está disponível desde quinta-feira. A gente vai fazer um mix de vale-autógrafo e também mandar um autógrafo virtual por e-mail da pessoa. É superdiferente", destacou.
Zeca já publicou outros cinco livros, mas admite que esse é o mais autoral. "Foi uma iniciativa totalmente minha. Os outros eram sempre ligados a reportagens que tinha feito".
Foram três meses de escrita e, segundo Zeca, a ideia não era fazer um livro de autoajuda, e sim, uma reflexão irônica sobre a sua chegada aos cinquenta.
"São 14 capítulos com várias histórias biográficas, uma auto ironia o tempo todo. Uma super autocrítica a partir de coisas que eu vivi", salientou.
Zeca dividiu o livro em partes do corpo. "A estrutura é cabeça, tronco e membros. No capítulo de pele, começo falando que sou o brinquedo favorito de um filho de um amigo meu de dois anos de idade. Ele pega as minhas bochechas e começa a esticar a minha pele como se fosse um iPad".
Depois da sessão de autógrafos, Zeca Camargo ainda participa nesta sexta de um bate-papo bem humorado com o público no espaço chamado Acampamento da Bienal, "Nu aos 50".