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Padre usou dinheiro da Igreja com garotos de programa

Segundo a polícia, dinheiro também foi gasto com roupas e hotéis de luxo

O padre Kevin J. Gray, 64, do estado Americano de Connecticut, foi preso nesta terça-feira (6) acusado de gastar US$ 1,3 milhões do dinheiro da Igreja (R$ 2,2 milhões) ao longo de sete anos para pagamento de garotos de programa, roupas de luxo, além de hotéis e restaurantes, informa o site de notícias "Huffington Post".

O reverendo Gray, ex-titular da paróquia do Sagrado Coração em Waterbury, foi preso e acusado de roubo em primeiro grau, informou a polícia local à agência de notícia AP.

De acordo com o capitão Christopher Corbett, Gray usou o dinheiro para hospedagens em hotéis como o Waldorf-Astoria e roupas de grifes famosas, entre as quais, ternos Armani e Brooks Brothers. O padre também teria bancado a faculdade e aluguéis de dois homens que ele conheceu, disse o policial.

A AP deixou mensagens na sede da paróquia e no escritório do advogado de defesa de Gray, mas não houve retorno.

?Nós estamos profundamente tristes pelos eventos que provocaram um grande impacto na paróquia do Sagrado Coração?, disse a Arquidiocese de Hartford em um comunicado.

?No plano financeiro, a arquidiocese continua a trabalhar com a paróquia para melhorar seus controles financeiros e na melhor forma de abordar as questões decorrentes da situação, tais como cobertura de seguro e dívida pendente", diz o comunicado. "No plano espiritual, continuamos a orar pela cura e consolo para a família paroquial, e pela orientação e reconciliação do padre Gray, para enfrentar o processo judicial que o aguarda."

Há um mês, a arquidiocese havia pedido para a polícia investigar as finanças da paróquia após ter detectado que o padre Gray havia gastado mais de US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão) para uso pessoal. A soma inclui parte das reservas da paróquia e dinheiro que deveria ter sido usado no pagamento de débitos, como seguro, disseram funcionários da igreja.

O padre Gray comandou a paróquia do Sagrado Coração de janeiro de 2003 a 15 de abril último, quando foi afastado com uma licença médica. Depois disso, o religioso foi suspenso.