O americano Troy Bailey, que disse que seu filho de 2 anos e meio matou a própria mãe com um tiro acidental, afirmou à polícia que estava tentando tirar a arma da mão do garoto quando ela disparou.
A afirmação foi feita durante a chamada de Bailey ao serviço de emergência, cuja gravação foi divulgada pela polícia da Flórida nessa terça-feira.
Na gravação, de pouco mais de quatro minutos, o homem fala rapidamente e aparenta estar chocado com o ocorrido. "Meu filho a pegou, e eu tentei tirá-la dele", diz ele em um determinado momento.
"Jesus Cristo, Deus, por que fui me colocar nessa situação?", diz ele. "Deus, eu nunca passei por nada parecido com isso em minha vida", afirma, enquanto aguarda a chegada dos serviços de emergência à casa, na cidade de Fort Lauderdale.
Guarda
Bailey perdeu a guarda provisória do filho para a família da mãe do menino, que é sua ex-namorada. Os parentes da mulher morta dizem duvidar da versão do pai e alegam que a criança não teria força para apertar o gatilho.
O americano admitiu que a arma que foi disparada contra Julia Bennett na semana passada era dele e que a havia deixado em um local desprotegido. Segundo ele, o filho a teria tomado pensando que era um brinquedo.
Bailey foi interrogado pela polícia logo após o incidente e liberado sem ser indiciado, mas pode ser acusado posteriormente, segundo a polícia, dependendo das investigações.
"No mínimo, ele poderia ser indiciado por negligência por deixar uma arma de fogo acessível a uma criança", afirmou Tania Rues, porta-voz da polícia do condado de Miramar, em entrevista ao site de notícias "The Huffington Post".
"Obviamente, há o potencial para (um indiciamento por) homicídio ou mais, mas realmente não gostaria de especular sobre isso neste momento", disse.