Patricia Pillar completa 50 anos em plena forma, neste sábado (11). Apesar de se destacar como uma das atrizes mais belas da televisão brasileira, a atriz tenta se esquivar sobre temas relacionados aos cuidados da beleza quando abordada sobre o assunto: "Só se fala em magreza, em idade, em plástica... Isso cansa. Isso é muito chato, nada mais objeto do que isso, de você ter que obedecer um padrão, de não pode engordar, de não poder envelhecer. Eu acho isso muito limitador no que é ser uma mulher. A gente vai envelhecer, normal, ainda bem", declarou a atriz em entrevista ao "Fantástico", pouco antes de estrear como a vilã Constância, na novela "Lado a Lado" (2012), vencedora do Emmy Internacional em 2013 na categoria de melhor telenovela.
Ao ser questionada pela jornalista Renata Ceribelli sobre o medo de envelhecer, ela admitiu: "Eu tenho medo de perder a saúde, de perder as funções, de poder ir e vir. Eu prefiro levar a vida de forma muito sóbria, no sentido de ter uma vida particular".
Em entrevista ao caderno "Ela", do jornal "O Globo", publicado em junho do ano passado, a atriz brincou sobre os comentários de sua beleza. "Não é que eu tenha ficado mais bonita. Afinal, uma coisa melhora, a outra cai... É que eu estreei nos anos 80. E os anos 80, vamos combinar? Não foram generosos com ninguém", disse.
Com a chegada dos 50, ela afirma que encontra um bom motivo para repensar os planos para o futuro. "A gente é como é. A vida é assim. Não temos esse domínio de tudo. Envelhecer é sabedoria, experiência... O curioso é que em datas redondas a gente costuma revisar o passado, mas quando vão chegando os 50, você começa a olhar para frente".
Em quase 30 anos de carreira, Patricia elege a presença no Oscar, ao concorrer com o filme "O Quatrilho", em 1996, como um dos momentos mais marcantes de sua trajetória. "A festa do Oscar foi um negócio muito interessante. A primeira pessoa que eu vi quando cheguei lá foi o Anthony Hopkins, depois eu vi o Brad Pitt. É bacana, né? É divertido. Virei tiete e pude sentir o que os fãs sentem quando encontram a gente".
No ano em que completa 50 anos de vida, a atriz brasiliense celebra a data dando vida a Isabel na minissérie "Amores Roubados", que estreou nesta segunda-feira (6), ao lado de Cauã Reymond, com que fez cenas de paixão, Isis Valverde, Murilo Benício e Dira Paes. Em breve, ela protagonizará com Domingos Montagner um longa-metragem dirigido por Vinicius Coimbra em uma adaptação de "Macbeth", história escrita pelo inglês William Shakespeare, com cenas de captação rodadas no Uruguai e na Argentina.
E não é só! Para este ano, a atriz reencontra Tony Ramos nos sets para protagonizar a novela "O rebu", que será exibida na faixa das onze horas e com direção de José Luiz Villamarim, que também trabalhou com os atores em "Cabocla".
Trajetória nas telas e nos palcos
Apesar de ser filha de um oficial de Marinha e de uma funcionária pública, Patricia optou pela carreira artística após se mudar para o Rio de Janeiro, aos 14 anos, quando estudou teatro no curso Tablado junto ao curso de jornalismo. A estreia profissional aconteceu em 1981, com a peça de teatro "Os Banhos". Em 1984, fez sua estreia nas telas de cinema, no longa "Para Viver um Grande Amor", emendando no ano seguinte com a novela "Roque Santeiro", no papel da atriz de televisão Linda Bastos.
Desde então acumula mais de 20 novelas e seriados, incluindo papéis marcantes como bóia-fria Luana, de "O Rei do Gado" (1996), a protagonista de "Salomé" (1991), a Doutora Cris do seriado "Mulher" (1998) e a Flora, de "A Favorita" (2008), que lhe rendeu mais de dez prêmios. No cinema, ela interpretou a estilista brasileira no filme "Zuzu Angel" (2006), atuou em "Amor & Cia" (1998), "O Menino Maluquinho" (1994) e "Pequenas Histórias" (2008).
Por trás dos holofotes, dirigiu o DVD "Waldick Soriano Ao Vivo" (2007) e o documentário "Waldick, Sempre no Meu Coração" (2008). Em 2012, foi co-produtora de "Construção", documentário de Carolina Sá. No ano seguinte, a atriz e diretora assinou o clipe da cantora Márcia Castro, "Vergonha".